sábado, 16 de agosto de 2014

Acredite na humanidade



Uma conversa com Maquiavel.
A jornada de viajante entre tempos e realidades é algo muito duro e sofrido e fico, lembrando dos amigos que vi, das cenas por onde passei e os lugares por onde eu andei.
Estou eu aqui novamente na bela Florença onde no passado tive a honra de partilhar um café com um dos nomes que inspirariam o mundo o grande escritor: Nicolau Maquiavel.
Nosso encontro se deu há algum tempo atrás e irei agora narrar ele de acordo com o que minha memória conseguiu gravar:
Eu estava caminhando por um sebo de livros antigos nos dias atuais, onde você reside meu caro leitor, no centro velho da bela cidade de Atenas, quando me dei com um livro de capa gasta, com o nome: O príncipe escrito em inglês bem nítido, a obra encadernada em edição de luxo comemorativa parecia estar a muito tempo ali e eu a peguei para ler em minha viagem, vi seu preço e parei o tempo para deixar alguns gramas de ouro das minas do novo México que eu tinha recentemente pego para mim, durante minha viagem até aquela região durante a febre do ouro, tão retratada nos faroestes literários.
Voltei o tempo ao normal e sai pelas ruas daquela bela cidade, passando página por página e tendo a estranha sensação que aquele homem estava a me mostrar realmente como eram os grandes líderes políticos, tudo naquela obra parecia mostrar a real forma de se governar para se manter o poder entre a humanidade e com pesar pude perceber que o mesmo comportamento que a mim era execrável se tornava o padrão comum de todo grande líder que eu ao longo de minhas viagens tinha visto em diversos lugares. Evidente que nem todos eram como se descrevia naquelas páginas, mas estes eram uma exceção a regra.
Terminei esse livro entre outros tantos que carregava numa sacola de couro, feita na antiga Roma, que já estava cheia de obras dos mais variados períodos históricos e fiquei admirando Atenas com toda sua majestade filosófica frente ao resto do mundo.
A noite chegou e eu viajei para minha nova era num sono profundo e cheio de pensamentos, quando acordo estou no meio da catedral de Santa Maria Fel Fiore em plena Florença, aos pés de uma imagem de Jesus crucificado e ao olhar aquela imagem fiquei realmente muito entristecido por lembrar como tudo havia acontecido com aquele enviado do criador para ensinar a humanidade a amar e que tinha sofrido tão cruel e perverso martírio.
Olhei para o povo que estava a chegar naquele lugar sagrado e pude perceber entre eles o homem cuja fronte eu tinha visto no livro que tanto me fizera relembrar o passado, o jovem Maquiavel estava entrando naquela catedral, envolto em seus pensamentos juntamente com outras tantas pessoas, fiquei imaginando se aquela mesma figura estaria tão feliz envolta em seus pensamentos sobre a cidade daqui a alguns anos quando essa mesma cidade o expulsasse para um exílio, abandonando até a hora fatídica da qual nenhum homem pode escapar.
Fui me sentar durante a missa e logo ao fim, fiquei ali vendo a imagem que estava no altar e sai à procura daquele homem que tanto havia me admirado, fui pelos palácios a vagar até me deparar com ele indo em direção a uma casa modesta para os padrões atuais, mas que naquele momento era um palácio suntuoso, onde ele e mais alguns outros homens decidiam o futuro durante a república Florentina.
Segui o de perto puxando o capuz do meu manto para não o assustar quando me mostrasse a ele, o que quase sempre ocorria quando eu fazia isso. Fui subindo uma série de degraus até chegar numa área cheia de portas e vi que ele trancava se dentro de seus aposentos.
Usei de minhas habilidades e adentrei em um cômodo que parecia ser seu quarto e escritório, consegui chegar ali alterando a freqüência do espaço e entrando dentro daquele pequeno recinto abarrotado de escritos, mapas e cartas e só então parei o tempo e me mostrei a ele.
- Olá senhor Maquiavel!
Ele demorou um pouco para me responder, por estar absorvido em sua leitura, mas quando se deu conta da minha presença quase caiu da cadeira onde estava e no susto tropeçou nas pernas e ficou estático me olhando:
- Você é a morte que os poetas cantam em suas odes? Ele respondeu com a voz cheia de medo e temor
- Quem me dera ser eu aquela que traz fim à agonia humana, sou apenas um viajante do tempo, um admirador do seu trabalho enquanto escritor e filósofo.
- Eu? Um filósofo? Creio que erraste teu rumo, viajante, não sou nada disso, mal passo de um administrador dessa cidade que me consome até a raiz de meus cabelos.
Tirei o livro da bolsa e mostrei a ele o retrato na capa, assustado ele olhou aquilo e ficou sem entender como seu rosto poderia estar ali naquela publicação.
- Você será o maior nome da ciência política daqui às alguns anos, sua cidade que você tanto ama, irá lhe jogar fora quando o governo do rei voltar a mandar por aqui novamente. No exílio e no ostracismo você definhará tentando mostrar a todos suas capacidades como pensador e irá escrever essa obra, mostrando como todo governante deve ser para se manter por um longo tempo.
Ele ficou no chão, ouvindo cada palavra como se de mim saísse o santo Graal, sua expressão de atônito, rapidamente mudou para admirado a cada palavra que eu dizia. Você será julgado por muitos como um imoralista, um destruidor de preceitos, mas sua obra irá perdurar por séculos à frente e todos os grandes líderes mesmo sem conhecer irão entrar na sua teoria, sua obra será salva por aquele que você mais tentará agradar que mesmo não lhe trazendo nenhum benefício em vida, manterá seus textos protegidos das mãos de seus detratores que em vida serão muitos, mas após a tua morte se tornarão milhares de milhares.
- Obrigado sempre pensei que não seria lembrado por ninguém nessa vida, fico triste em saber que meus esforços serão em vão, disse ele as lágrimas.
Eu fechei a parada no tempo e recoloquei meu livro de volta na bolsa, ele ficou ainda algum tempo, parado imóvel, aproveitei esses segundos para lhe deixar uma mensagem em um papel:
- Acredite na humanidade, por pior que ela seja, acredite neles, pois Deus sacrificou seu bem mais precioso para tentar lhes salvar.
E sai com a certeza que logo ele esqueceria tudo o que eu disse. Afinal o tempo teima em se manter igual e somente a mensagem em uma de suas folhas em branco irá ficar para sempre na memória dele, mesmo que não lhe dê importância será tudo que ele terá de mim.
Sai pelas ruas daquela cidade, pensando com pesar que tantos desastres ainda viriam sobre aquela pérola tão ligada as artes e as ciências, um dos berços de todo pensamento moderno, uma das cidades que tem tanta importância para o mundo ocidental, lembrada sempre por poetas, filósofos e escritores e fiquei pensando na vida parado na ponte Vecchio, naquela época uma pequena construção, longe da imponência dos dias atuais, mas que já tem seu charme e beleza.
Fiquei ali pensando, até tarde da noite, quando fui olhar mais uma vez a Catedral onde o dia tinha se iniciado para mim e antes que os padres fechassem a eu adentrei e fiquei ali orando a Deus por minha missão e adormeci num dos bancos, quando o relógio bateu meia – noite, o portal veio e me levou novamente pelo tempo rumo a um novo tempo.
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Salvação



Era o ano de 1787 nascia à pequena Sofia, filha de Maria Antonieta e Luis, os últimos monarcas antes da fatídica revolução que culminaria no período de violência e ódio aquela nação. A história oficial diz que ela nasceu morta, mas na verdade não foi isso que ocorreu.

Na verdade ela nasceu com leucemia aguda e sangue que circulava pelo seu corpo não conseguia suprir suas necessidades. Os médicos da corte diagnosticaram o pior e deram aquele pequeno bebezinho menos de 24 horas de vida.

Eu estava lá quando aquela pequena veio ao mundo, com o corpo todo roxo e quase sem chorar, eu vi tudo o que se passou nas horas que se seguiram e me doeu o coração ver uma inocente morrer daquela forma, por isso resolvi falar com seu pai pedindo lhe para poder levar a criança e tentar salvar lhe a vida.

Naquela época, o lago de Avalon ainda tinha poderes curativos, cercado pelas fadas que o protegiam do olhar de qualquer um que não tivesse boas intenções no coração.

Parei o tempo no exato momento que o poderoso monarca da França entrava em seus aposentos pessoais e me mostrei a ele, ver a mim quase lhe custou à vida, pois novamente fui confundido com o espírito da morte, algo comum para alguém com a minha aparência.

 Eu lhe disse que poderia salvar a criança de um destino trágico, que bastava ele concordar e ela poderia se salvar da morte dentro de algumas horas, ele ficou pensativo, mas por fim tomou uma posição:

- Se a menina está desenganada caro espírito lhe darei a criança para que se salve do destino final que a aguarda e ainda com o tempo parado, foi ao quarto da mulher e pegou o bebê, uma pequena massa de carne que não pesava quase nada e me entregou.

- Obrigado rei! Que quando os dias ruins vierem, lembre se que Deus está sempre ao lado daqueles que se mantém com o coração bondoso.

Desfiz a parada temporal e sai do belo palácio de Versalhes rumo a entrada e quando pude rever a luz da estrela do dia, com toda concentração abri uma dilatação no tempo e espaço e me movi de volta ao lago de Avalon, como eu mesmo transformado ainda era um homem, esperei que uma das guardiãs do lugar sentindo minha energia viesse em meu auxílio.

Demorou alguns minutos e um grupo de fadas veio até a minha presença e disseram:

- O que deseja no lago sagrado de Avalon? Peregrino do Tempo.

- Vim para falar com Viviane, implorar a dama do lago para que salve essa criança de uma morte certa e desembrulhei a manta que encobria aquele corpinho e desembrulhei a manta que cobria seu rosto.

Elas ficaram paradas por alguns instantes, provavelmente fazendo contato telepático com Viviane do lago, até que passados esses momentos me responderam:

- Você está autorizado a levar a criança pela barca do lago, a senhora da magia lhe aguarda, ela aceitou o seu pedido e irá salvar a criança de toda doença.

Fui andando pelo caminho que elas me mostravam e a beira do lago encontrei a mesma barcaça que há tempos atrás tinha levado o corpo de um dos meus mais valorosos amigos: O bondoso rei Arthur, líder de Camelot.

Entrei no barco com a criança nos meus braços e este começou a se mover sozinho, impulsionado pela força da magia de Viviane, rumo ao portal que me levaria a ver novamente o mais nobre de todos os guerreiros, meu coração ardia no peito de tanta felicidade. Em todo o trajeto que passávamos eu ia vendo as criaturas mágicas, criadas pela magia humana e esquecida nos dias atuais que tinha naquelas terras um repouso de paz e calma para continuar existindo.

O barco viajou por um tempo que não posso precisar, pois quando se sai do plano real, o espaço e o tempo mudam totalmente e não raras vezes passam sem nenhum controle, pois nesses lugares a criação foi diferente e em muitos destes a morte ainda não aconteceu.

Chegamos no templo de Avalon e mesmo de longe pude ver aquela que eu tinha vindo buscar ajuda: Viviane a senhora do lago, uma das últimas portadoras de magia no mundo moderno, uma mestre das artes arcanas que governava e protegia o mundo de Avalon de todo mal, ela veio até mim e pegou a criança nos seus braços e caminhando até uma árvore, fez um pequeno corte no tronco da madeira e de lá saiu um pequeno jorro de uma seiva branca, ela juntou em uma taça de prata um pouco daquele líquido, pedindo para que a árvore parasse de escorrer a seiva que rapidamente secou, voltando ao normal. Ela retirou os panos que encobriam a criança e com cuidado lhe abriu a boca e deu a seiva para que ela bebesse e rapidamente puder perceber que tanto a respiração quanto a cor da pele da criança se estabilizaram como a de uma criança normal daquela idade.

Feito isso, ela entregou a criança para uma das mulheres do seu séquito e veio em minha direção, agradeceu a mim por acreditar nela e disse que aquele momento já estava escrito à muito tempo.

- Você que vive vagando pelo tempo, posso olhar teu futuro, mas nele não vejo nenhum momento feliz, as tristezas e lutas que você irá passar serão sempre um tormento e chegará uma hora que nem mesmo sua fé lhe salvará e tudo o que você sempre acreditou pode se tornar vago.

- Quando esse dia chegar use aquilo que você tem de mais forte: o coração e lembre se que nos momentos mais difíceis os que sabem ter amor para com o próximo são os mais bem sucedidos.

Cai de joelho aos pés dela, pois pude ver o meu próprio futuro através de seus olhos e foram tantos os sentimentos que passaram na minha mente que em total confusão fiquei ali parado por instantes que pareceram décadas até que ela pôs a mão em minha cabeça e disse:

- Você sempre terá a benção da natureza e todos os caminhos por onde passar serão sempre felizes, não turbes vosso coração, o criador te dá muitas lutas por que você é o defensor daquilo que ele mais ama: A humanidade. Levantou minha cabeça  e falou que mesmo sendo eu um peregrino que a todos assusta com aparência medonha eu iria conhecer o amor e da minha prole nasceria um dos cavaleiros brancos que no último momento, quando a roda do tempo chegasse ao fim e os demônios voltassem a Terra e os justos e injustos fosse julgados perante Deus iria ser o campeão da humanidade na última de todas as guerras que a humanidade irá lutar.

Eu me levantei com o coração mais aliviado, mas ainda sem entender todas aquelas palavras, quando ela disse: Há alguém que deseja vê – lo, está no solar do templo e chamando uma das moças disse: Acompanhe o até o nosso rei e saiu rumo a um prédio maior.

Eu fui caminhando por uma complicada rede de túneis e dutos até que cheguei ao solar e a imagem que pude ver foi muito revigorante: de pé diante de mim a poucos passos estava Arthur, aparentando muita idade, sentado lendo um pergaminho com escritos em celta, tomando um banho de sol e tomando água constantemente, ao me ver disse com a voz fraca:

- Sente se velho amigo e me conte como está a Terra, desde que parti Viviane não me deixa saber notícias de minha amada morada.

Fiquei ali parado sem entender como um homem que eu sabia estar morto há séculos poderia estar vivo ali ao alcance do meu olho. Percebendo minha reação ele deu um riso forte e me falou em tom de zombaria:

- Estou bem para um homem morto não acha? Na verdade eu fui ferido de morte por Morgana, antes de Merlin vir em meu auxílio e se sacrificar com sua última centelha de vida para matar aquela maldita.

- Sobrevivi graças as águas do lago e a seiva da árvore, que sararam meus ferimentos, mas sarar de ferimentos mágicos requer mais do que um corpo são e assim minha alma sofreu os efeitos da idade e hoje sou imortal, porém estou velho demais para andar sem ajuda de uma muleta e estou aqui cercado de mimos, mas me sentindo um inútil nem minha espada tenho para me fazer companhia pois excalibur se perdeu durante a fuga que me trouxe até aqui.

- Meu rei, quanta felicidade me traz saber que você está vivo e indo até ele, lhe abracei e fiquei admirado pensando que ainda ele parecia o mesmo apesar de estar mais velho.

- Não me chame de rei, amigo! Desde que me salvaste a vida naquela batalha, você para mim é um irmão, apesar de ser bem mais feio do que eu! Disse e gargalhou novamente como tinha feito naquele dia há séculos atrás.

- Eu não sei como dizer então, prefiro lhe mostrar, será que você agüenta ver?

- Eu agüento viver como um inválido, simplesmente por que acho o por do sol cada dia mais belo, saber notícias de minha casa não deve ser tão pior que isso!

Quando ele disse isso, encostei lhe a mão na fronte e projetei na mente dele algumas das minhas aventuras, escolhi somente aquelas que mostrassem coisas boas e felizes para não lhe chocar ou trazer qualquer desconforto.

Assim ele viu todo o progresso que a humanidade tinha feito desde sua época e quando terminou ele veio ate a mim e chorando em lágrimas disse que agora sim estava feliz, pois sabia que apesar de seu reino ter sido destruído o mundo evoluiu e as pessoas viviam em paz e harmonia.

Quando terminei de lhe mostrar, ele estava com um sorriso grande e os olhos cheios de lágrimas e estava olhando o horizonte cheio de júbilo, nesse instante uma das criadas de Viviane veio para me chamar, pois era chegada a hora de eu partir para não afetar a realidade dos mortais.

Com bastante pesar me despedi de meu amigo  e fui ao encontro da rainha das fadas, preparei para entrar no barco, mas ela me olhou com censura e entregou a mim uma jóia ali embaixo daquela mesma árvore na entrada de Avalon.

- Essa jóia é um portal constante para aqui, sempre que quiser vir à nossa terra, basta tocar lhe e seu desejo se cumprirá, além disso, por ter trazido a menina que fora profetizada como nossa salvadora e alegria ao nosso rei, eu lhe dou o direito de poder pedir qualquer coisa que se estiver dentro de minhas possibilidades eu assim cumprirei.

- Eu quero partir em uma jornada para trazer ao meu amigo sua espada e assim lhe trazer alegria em sua velhice.

-Tem certeza que deseja recuperar Excalibur? Veja bem o que queres, pois aquela espada se partiu e foi espalhada pelo mundo, pois dela emana o poder da guerra e todo portador que nela encosta se torna um campeão como fora no passado o rei, mas traz consigo também a ganância e a inveja de muitos corações malignos.

- Eu reitero meu pedido e digo que pela felicidade dele, eu recuperarei as partes da espada, peço somente que me mostre onde eu as posso encontrar.

- Por gerações e através dos séculos, os espíritos dos cavaleiros protegem as partes da espada.
O punho está onde tudo começou, a primeira parte da lâmina está onde somente a morte habita, a segunda parte está no ventre da Terra e a terceira está onde o homem se desligou de Deus, porém a jóia que dava vida e força para a espada e que permite ela ser reconstruída está perdida até mesmo para mim e temo que nesse ponto, só você possa encontrar ela, peregrino.

- obrigado, senhora do lago e espero poder retornar aqui em breve, com todas as partes e muitas vitórias para contar.

Ela me abraçou e disse: - você tem o coração puro, mas ao entrar nessa jornada, descobrirá que o mal habita em todos os lugares, cuida – te e saiba que se desistir de sua busca, ninguém irá lhe culpar.

Eu toquei a jóia e fui me desmaterializando daquele lugar e quando dei por mim estava novamente na porta de Versalhes, onde o luto pela perda da pequena princesa Sofia era tão nítido que parecia transparecer pelas paredes do palácio.

Não tive chance de entrar e dizer ao rei que sua pequena filha estava salva aos cuidados de Viviane, pois o portal se abriu e me levou novamente a viajar pelo tempo.




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Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...