domingo, 26 de abril de 2015

O Hotel da morte: Capítulo 9 - O mundo caindo no vazio


Os sonhos se dissipando refletiram na Terra, os humanos sem sonhar se tornaram feras, metade da população foi morta em crimes banais no primeiro ano, no segundo a noção de estado caiu, voltamos a viver em tribos.
Cada pessoa se tornou um verdadeiro assassino, cruel, sanguinário, nem mesmo os super humanos conseguiam se desfazer da falta que os conceitos oníricos do sonhar estavam lhe fazendo.
O mundo foi descompondo e em meio a esse caos, a morte vagava pelas cidades aumentando no hotel na cidade onde tudo começou seu número de vítimas já era tão alto que o lugar estava se tornando um templo de ossos.
Cada parede estava recoberta de sangue, os espíritos presos em correntes gritavam e seus gritos alimentavam uma mulher que com sua foice, estava moldando o seu império.
A morte estava livre para agir, os deuses e anjos não se preocupavam com os assuntos mortais e os demônios preparavam sua guerra, todos estavam ocupados esperando que a profecia de Apolo se cumprisse para colocar a guerra em prática.
Aqueles eventos estavam se tornando tão fortes, que afetaram a linha do tempo, as pessoas enlouqueceram a tal ponto que o guardião do tempo teve de intervir, quebrando a regra basilar do tempo: Há não interferência nos eventos.
Ele voltou no tempo, até no dia em que a morte do Cardoso ocorreu, ele entrou pela porta do IML e antes que o perito cortasse o cadáver, ele parou o tempo e tirou das mãos do médico o bisturi e cortou bem no rumo onde os estilhaços tinham entrado.
Ao analisar o material em meio a suas mãos percebeu que era Piraoni, uma liga envenenada, feita na Arcádia que rompia a alma e o corpo, destruindo o espírito de qualquer alvo que atingisse, mesmo que em forma de estilhaços, ele sabia que a produção daquela liga era obra de um artesão que morava no submundo, seu nome era Rhaonai e vendia balas e outras armas daquele material para deuses, monstros e demônios para quem pagasse melhor, em essência vital.
Ele voltou no tempo e devolveu o bisturi para o perito, deixando aquele lugar e abrindo um portal para a cidade do submundo.
O mundo dos humanos é repleto de magia, as pessoas é que não sabem ver em pequenos atos anormais, efeitos mágicos, por que se assim o fizessem quebrariam sua lógica interna e perderiam o sentido de suas vidas, pautadas na lógica dos cientistas, mas alguns conseguem ver a verdade através do véu cético e esses sabem que por baixo de toda cidade humana tinham portais para várias dimensões, portais e rotas usadas por criaturas do bem e do mal para diversos fins.
O Paradoxo acessou uma dessas entradas para a cidade mística de Shangri – la, a cidade mística!
Encontrar aquele mago artesão era fácil, bastava seguir a podridão, onde na cidade fedesse mais ali estaria ele.

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...