A procura do mal voltei as origens de Babilônia. Mas nada ali havia com esse nome. Shaitan. Diabolus...
Não encontrei em lugar nenhum.
Estava decepcionado. Ouvindo músicas ruins depois de uma viagem de ácido a procura do mal quando na porta de um antigo casebre indígena ele apareceu tocando um blues.
E na mesma hora todos voltaram se para ele. Era apenas um velho com aparência normal. Não parecia com o diabo em qualquer representação.
Não tinha chifres nem rabo. E muito menos cheiro ruim.
Sua voz era doce e causava em minha cabeça repleta de vômitos e cogumelos uma sensação diferente. Era como se a canção dele tivesse o poder de alegrar e enfurecer.
De tocar todas as emoções ao mesmo tempo.
Meu coração pulsava e eu desejava.
Desejava sexo. Desejava poder. Desejava violência. Desejava tudo em mim.
Com a potência máxima de um amplificador
Logo via pessoas nuas em orgias lascivas. E outras repletas de sangue rindo como bebês.
Outros estavam apenas dançando loucamente em gargalhadas incontidas.
E tinha eu que estava chapado demais para fazer qualquer coisa.
Apenas levantar a cabeça já me doía tudo.
E no final daquela música. O velho saiu por entre a multidão enlouquecida e eu desabei na multidão. Fui acordado por um bombeiro que me resgatou das chamas que eles haviam posto em todo vilarejo.
Os poucos sobreviventes não sabiam o que tinha acontecido. Não lembravam de terem praticado canibalismo, orgias, e nem de terem atacado turistas e deixado deles somente a pele.
Não se lembravam de nada. Somente eu sabia. Mas ninguém em mim acreditava pois eu estava chapado. Eu sobrevivi por que aquele velho quis. Eu fui para ele uma diversão. Uma plateia para sua canção.
