sábado, 26 de dezembro de 2015

Mais duas histórias para vocês ( Que estavam ansiosos por elas! Não estavam?)

Tirando as presas do conde Drácula.


Depois desse meu furto no mosteiro, voltei a sair pelo mundo vestindo meu caso de Lobo mau, passei um tempo na África aprendendo a curar meus ferimentos e caçando terroristas, afinal se eles forem mortos por um porco perdem as setentas virgens e vão para o inferno.
Sai dali depois de ter me cansado de matar terroristas, fui para o sul da Itália, mais especificadamente para a Sicília e acabei servindo como matador de mafiosos. Quando uma família de criminosos desejava matar a outra, eu era chamado e sempre fazia meu serviço de maneira rápida e direta, cortando a cabeça do inimigo e pregando a em uma lança, era algo idiota mas eu não resistia a esse toque dramático.
Minha vida como caçador da máfia foi interrompida quando um exorcista vindo da Europa do Leste, me procurou na ilha onde eu morava junto com outras vinte garotas.
Era um velho que cheirava como uma múmia putrefa, começou dizendo que tinha ouvido falar que eu matava qualquer um por dinheiro, disse que poderia me pagar e que o próprio Papa me daria a benção pelos pecados caso eu conseguisse vencer a esse inimigo que ameaçava a própria existência da humanidade.
Bocejei depois de todo aquele falatório e perguntei: _ Quem seria o alvo?
_ O conde Vlad Dráculi.
Rapidamente peguei meu computador e peguei a ficha dele e nada foi encontrado.
Procurei nas enciclopédias e vi que ele estava morto há pelo menos quatrocentos anos.
Ri da cara do velho enquanto lhe mostrava a página falando da morte do alvo que ele tinha me falado.
Ele apenas fez um gesto e tirou do bolso um pequeno pen drive e pediu que eu visse; Era um vídeo de segurança, em modo de visualização por calor.
Mostrava uma jovem que corria pelas ruas de Budapeste, os sons eram estridentes, mas dava para ouvir os gritos dela pedindo socorro num inglês bem forçado com sotaque russo e parava num ponto, próximo a praça principal da cidade.
O vídeo parava ali, depois tinham as fotos de um laudo necroscópico que atestavam a morte da jovem sem nenhuma gota de sangue no corpo. Tinha sido sugada até a morte pelo vampiro em questão.
Vi aquelas cenas e perguntei mais interessado: _Quem é a gritadora sem sangue?
_Uma arqueóloga que trabalhava numa escavação na Romênia para procurar vestígios do Conde Drácula e acabou encontrando sua tumba perdida.
Foi incinerada após a retirada das fotos e o pó dos seus ossos colocado num vidro de água benta, que explodiu na mesma hora.
_ Tudo bem! Você me convenceu múmia falante. Mas eu quero outra coisa além de ouro. Eu sei que a igreja tem todos os pergaminhos sobre as lendas antigas, guardados na biblioteca proibida. Se eu vencer o conde Drácula, quero tudo o que vocês tem sobre o coelho da páscoa.
Ele me olhou espantado, parecia não acreditar que eu estava dispensando ouro e até a benção papal para pecados futuros, mas se recompôs rapidamente e disse: _ Posso garantir que você os terá assim que terminar o trabalho.
Ótimo parto agora mesmo, e dizendo isso sai da sala e pedi para uma das minhas garotas levar o padre para seu transporte.
Fui até meu computador na sala de armas e pesquisei tudo que havia na biblioteca de como matar anormalidades bizarras.
Encontrei o termo vampiro seguido das seguintes armas: Alho, Estaca, Prata e Água benta.
Teclei na minha impressora 3D e fiz algumas armas modificadas para disparar poções de alho e água benta, pistolas com munição de prata e um disparador de estacas de madeira, além disso um coagulante poderoso, com o qual eu enchi dezenas de granadas.
Peguei meu helicóptero e parti para mais uma batalha. Coloquei no andróide automático e fui almoçar no banco de trás.
Comi dois sanduíches e um vidro de coca – cola e dormi até chegarmos a Budapeste.
Meu andróide alugou um carro e me levou até um hotel, onde com um tapa na cara me acordou.
No mesmo instante saquei uma pistola que sempre carrego no bolso esquerdo inferior do casaco e disparei na cabeça daquela máquina abusada que quebrou o vidro e saiu voando pela porta.
Desci do carro, dei uma coçada nas partes intímas e sai assoviando uma canção dos anos 20. Que era mais ou menos assim:
Quando eu te vi.
Soube que era você.
Não havia nada a fazer.
Além de ficar parado.

Você chegou e levou meu carro.
Eu fiquei embasbacado.
E atirei no seu pneu.
E tu parou no hospital.

E morreu...
Quando eu soube que ia fugir com o João.
Te esganei com seu cordão.”

Me registrei no hotel e pedi duas garrafas de pimenta para alegrar minha noite. O porteiro ficou espantado com meu pedido e quase pensou em recusar, mas eu dei uma nota de cem euros para ele e logo fui rapidamente levado ao meu quarto, quase como se fosse rei e minutos depois tinha meus dois vidros de pimenta.
Dormi até a meia noite sonhando com vampiros e garotas vestindo sobretudos justos, quando acabei acordado por gritos que vinham dos quartos vizinhos.
Fiquei de mau humor e quase xinguei muito, mas depois prestei um pouco atenção e vi que os gritos das pessoas nos corredores pareciam ter cessado e em seu lugar tinham somente barulhos de pessoas gemendo e de sangue escorrendo.
Rapidamente peguei minha pistola e derrubei a porta num chute, lançando um vampiro que estava atacando uma prostituta no corredor.
Eles tinham vindo me caçar, mas como eu não tenho cheiro pelo fato de ser um desenho vivo, não souberam onde eu estaria e resolveram fazer uma boquinha de qualquer jeito.
Acabaram entrando em cada um dos quartos e sugando até matar cada um dos hóspedes.
Por sorte não entraram no meu quarto, mas para meu azar com minha barulheira eu tinha chamado a atenção de todo aquele pelotão de cem vampiros que tinha vindo me matar.
Narrando os fatos para vocês agora, imagino que o velhote deveria ser um deles e quando me contratou deve ter passado para os vampiros uma descrição geral a meu respeito.
Voaram para cima de mim pelo menos uns trinta seres branquinhos, parecidos com vegetarianos, e eu apenas atirava, minha pistola de estacas super aqueceu de tantos disparos que eu dei.
Os trinta vegetarianos, ops quero dizer, vampiros estavam ali paradinhos, quando os que foram para outros andares do hotel começaram a chegar pelos elevadores e escadas e a minha munição estava acabando, tinha apenas as granadas , provoquei eles mostrando minhas nádegas e no mesmo instante um dos vampiros mais nervosos veio em minha direção usando sua super velocidade e quando ele foi para cravar seus dentões no meu traseiro eu me virei rapidamente e joguei a bomba na garganta da besta e dei um chute na cabeça dele, fazendo o recuar para o grupo que tinha ficado parado me encarando.
Foi como jogar Napalm em humanos ou em coelhos, os vampiros começaram a derreter como se a pele deles tivesse sido exposta a um poderoso ácido.
Seus gritos ecoavam pelos quatro cantos e juntamente com o lamentar parecia uma sinfonia de guerra, mas eu não tive muito tempo para aproveitar aquela música dos pesadelos.
Quebrei a janela do corredor e pulei para fora, jogando no chão o meu pula – pula instântaneo, que furou após aparar minha queda.
Peguei o vidro de pimenta nuclear da Vovó e bebi duas gotas, no mesmo instante eu estava correndo próximo a velocidade do som.
Dei a volta no mundo tantas vezes que fiz todos voltarem para o ano 2000, as crianças voltavam a ser só uma célula e até meu papai voltou a ser só um adolescente chato, com excesso de livros e espinhas no rosto.
Quando o efeito parou eu tinha voltado no tempo, estava novamente no lugar onde tinha começado a correr, meu corpo estava moído e só então resolvi ler o rótulo que dizia: “Só tome mais de uma gota caso queira voltar no tempo. E na letra bem pequena vinha o aviso, em caso de querer consertar os erros cometidos, acesse www.desfazendocagadas.com/digiteaquiamerdaquevocêfez.”
Rapidamente comecei a pensar e me veio uma lâmpada de plasma: _ Eu poderia sumir com o Drácula e nada mais aconteceria e para provar que eu o tinha matado, era só arrancar suas presas.
Peguei um carro e parti para a Transilvânia. Andei por todos os castelos daquela região e depois de dezoito meses e muitas doses de pimenta, achei o tal túmulo, bem antes da arqueóloga russa.
Tirei o caixão dali e o levei até o alto de uma montanha e bem ao meio dia levantei a tampa, protegendo a cabeça com um capuz impermeável contra radiação solar, estava um sol forte que rapidamente dissolveu o corpo do mentecapto vampirão, dissolvendo a estaca que o mantinha desacordado.
No mesmo instante ele começou a se agitar dentro do saco, dizendo pragas e mais pragas contra mim.
Fiz quatro embaixadinhas com a cabeça do líder supremo dos vampiros e peguei meu carro, voltando para a cidade, onde invadi um laboratório de pesquisas em armas químicas com o saco e disquei pela rede o site da empresa. Quando eu terminei de discar, rapidamente apareceram milhões de duendes com caras de idiota, que começaram a apagar as lembranças de todos que eu tinha visto.
O caixão do Drácula assim como seu castelo de campo, até então desconhecidos foram incinerados e na minha frente eles abriram um portal transdimensional, com muito custo permitiram que eu levasse a cabeça, mas consegui convence – los e logo estavamos de volta ao nosso tempo normalmente anormal.
Novamente eu estava na minha ilha um dia antes do padre me encontrar. Rapidamente levei ele para o subsolo vesti meu avental de dentista, coloquei a cabeça num suporte onde ele não poderia se mexer ou tentar morder a mim, ou a uma das minhas garotas e extrai cada uma das suas presas, e não contente extrai os outros dentes também, colocando no lugar uma dentadura velha e meio podre.
Logo após coloquei o numa bandeja de prata lacrada e fui dormir, tomando o cuidado de colocar no cofre as presas do vampiro.
Antes que alguém me pergunte, quando eu voltei no tempo meu eu anterior simplesmente deixou de existir e as garotas que moram comigo na minha ilha, (As empregadas e as namoradas), no geral tem o QI muito baixo e não souberam da mudança nem por um segundo.
Acordei no outro dia com a visita do padre, algo na Romênia, os crimes de um maníaco que sugava as vítimas e que parecia ser inspirado pela lenda do conde Drácula.
Eu me fiz de bobo e quando ele me pediu para caçar aquela aberração fiz uma proposta inocente:
_ Quanto vocês pagariam pelo autêntico conde Drácula?
_ Ele me olhou espantado e disse que faria qualquer coisa para poder entregar aquela peste demoniaca para as autoridades eclesiásticas que dariam para sempre um fim em seu reinado de horror.
Rapidamente pedi que uma de minhas namoradas pegasse a bandeja e entregasse para o padre enquanto eu tirei do cofre as presas envenenadas daquele vil ser e pus elas num pires de café e mostrei para o religioso, que na mesma hora tirou seu disfarce e tentou me atacar.
Era um vampiro desde o príncipio. Malditos sejam os clichês de filmes de aventura fantástica. Ele pulou na minha assistente e disse que iria sair dali agora ou a garota iria ter a garganta rasgada e saiu com a cabeça do Drácula em uma das mãos enquanto o outro braço apertava o pescocinho sedoso e macio de uma das minhas namoradas.
E ao dizer isso apertou suas mãos que agora tinham um aspecto bolorento e cheiravam muito mal.
Deixei que ele se afastasse um pouco, enquanto eu pegava meu rifle mágico de caça. Carreguei com um super – hiper tranquilizante e disparei, acertando o no alto da cabeça.
O maldito caiu por cima da garota e quase a matou sufocada com a pressão feita pelo braço envolto em sua garganta e o mau cheiro que aquele corpo podre tinha.
Rapidamente salvei ela e mandei que a levassem para dentro e lhe dessem um bom banho, enquanto eu levava o maldito para o subsolo, e juntamente com a cabeça do Drácula que ele tinha roubado.
Amarrei ele nu numa cama de pregos e dei uma martelada forte na virilha, o choque psiquíco causado pela dor fez com que ele acordasse do tranquilizante.
Na mesma hora eu perguntei: _ Quem te mandou aqui?
Tua mãe! Seu idiota, ele respondeu e no mesmo instante eu cortei ele com uma faca de prata na região do abdomem, o sangue podre dele foi escorrendo pelo piso metálico do meu laboratório.
Sai um pouco para respirar um ar mais fresco, quando resolvi inspecionar os bolsos da batina que ele usava e me deparei com algo interessante, um anel de disfarce usado pelos iluminnati para protegerem se da humanidade.
Aquele anel permitia ao seu portador ficar imune a quaisquer tipos de fraqueza, tinha no seu meio uma jóia que protegia o portador contra qualquer tipo de ataque.
Eu sabia há muito tempo que o coelho da páscoa era o líder dos illuminati, após ter matado o imortal mestre Molay em uma batalha que durou cem luas.
Pelo menos foi o que eu ouviu de um índio bêbado na floresta amazônica, séculos atrás, após eu salva – lo da morte na mãos dos colonizadores espanhóis. ( Depois darei mais detalhes dessa história, não falo agora por que se não vocês perdem o climax da descoberta incrível que eu fiz, afinal eu também sou maravihoso, estupendo, incrível, magnífico, um verdadeiro herói).
Voltei a sala e o maldito tinha se libertado e vinha correndo para me atacar gritando:
_ Vou fritar você em uma frigideira! Porco maldito.”
Naquela hora eu fiz meu olhar de bandido mau encarado e tirei do meu casaco a minha arma mortal: O disruptor atômico – molecular.
Era apenas uma pistolinha amarelada que disparava um raio que fazia as células de qualquer criatura explodir até o indivíduo ficar em mil e um pedacinho.
Ajustei a arma para o volume máximo e disparei.
Ele caiu como uma fruta madura no pé e ainda tentou se arrastar até a mim, mas seu corpo se desintegrou antes que chegasse próximo as minhas patas.
Dele não sobrou nem dente e posso dizer o mesmo da ilha, cujas rochas começaram a se desintegrar.
Deixei o Drácula ali e levei tudo o que pude em pimentas e quadros para dentro do meu barco.
A Amanda que era minha namorada e secretária que ficava no barco se salvou, as outras estavam ocupadas vendo a novela italiana da tarde: O Drama os sete amores de Gaston Leparux e morreram quando a ilha toda veio a baixo com a desintegração, juntamente com a cabeça do rei dos vampiros que afundou no mar do sul da Itália.
Ainda hoje eu uso o anel e busco vingança contra o maldito coelho da páscoa.

Descobrindo uma forma de matar o coelho da páscoa.

Acabei conseguindo os documentos sobre a lenda do coelho com um mitólogo maníaco por remédios em Roma que já tinha conseguido acesso aos originais durante o período que tinha sido estudante no Vaticano e copiado os pergaminhos para si.
Trocou os rascunhos por duas dose s de Valium e ficou feliz quando terminamos nossa transação tendo sua overdose de tranqulizantes num beco próximo ao antigo Coliseu.
Eu estudei por semanas aqueles pápeis, por que a letra do cara era terrívelmente feia e acabei por descobrir um detalhe que me chamou muito a atenção.
O papai noel, ou são Nicolau na verdade não era um velhinho que dava crianças, mas um guerreiro que ajudava os indefesos contra as terríveis forças milenares do coelho da páscoa.
Fazendo parte da antiga e extinta ordem dos caçadores de monstros. Um grupo monástico que tinha por missão acabar com as forças do mal mitológicas e pagãs, mas que foi extinto na era moderna quando as pessoas deixaram de ver sentido na sua luta. Pelo menos era o que os pápeis diziam.
Quanto ao coelho ao que parece tinha sido uma criatura das trevas, um ser utilizado por Caim em um sacríficio profano na tentativa de se livrar da sua maldição eterna.
A criatura foi queimada no fogo e mesmo assim sobreviveu, matando a Caim com sua vara de apartar ovelhas e saindo pelo mundo a procura de novas vítimas.
Pouco se sabe da sua vida a partir daí, só volta a ser mencionado entre os povos Celtas como o demônio que transforma crianças em doces em forma de ovos.
Ao que parece todos os cronistas e copistas que mencionavam as lendas do coelho acabavam morrendo inexplicavelmente durante a próxima páscoa. Até os irmãos Grimm tinham evitado essa parte da história do coelho, contando somente as partes boas que alguns sábios da antiga Germânia lhes contavam (provavelmente eram bêbados ou covardes para falar bem de um dos maiores inimigos da humanidade).
Daí o fato que poucos sabiam da sua real história.
A lenda terminava dizendo que para matar aquele ser demoníaco era necessário encontrar a espada do Natal, uma arma feita de energia que poderia queimar a terrível fera e manda – la de volta para o inferno que era seu lugar.
Li aqueles rabiscos com tanto interesse que perdi a noção do tempo e mal parei para comer, quando terminei estava faminto, guardei o caderno no meu casaco e sai para comer uma pizza de pimenta e beber um pouco de conserva de malagueta mexicana.
Agora eu sabia como mata – lo e tinha a certeza de que ele estava por trás de todos os massacres e tragédias, usando um anel dos iluminatti para andar entre os homens sem ser visto.
Antes de entrar na pizzaria coloquei aquele anel no dedo e foi uma sorte pois após eu ter entrado eis que surge na porta da Pizzaria: O Frankeinsten, gritando a seguinte frase: “ Eu vou matar o porquinho!”
(Esperem até o próximo episódio para saber o que esse monstro feio, cinzento e fumante quer comigo! Acreditem vai ter muita ação e ossos partidos)

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...