sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Por que brancos destroem florestas

A quem quiser eu irei contar.
Debaixo de uma lua clara e um céu cheio de estrelas a cintilar.
Havia há muito tempo atrás uma fada, primeira das criações, tinha o poder da ordem e da constância. Fazia as florestas crescerem, os bebês nascerem e os brotos gerarem.
Um dia ela entrou numa floresta e passou por um índio que não a cumprimentou.
Ciumenta e enervada ela lhe deu um castigo. Tirou dele toda cor. Deixou o branco como a lua.
Aquele homem foi caçoado na tribo e ficou muito irado.
Acabou vivendo nas matas sozinho e por fim a onça o comeu.
Ao chegar até Tupã seu espirito clamou por justiça e o rei dos céus lhe deu uma segunda chance e ainda lhe deu uma mulher para ser sua.
Separou o de sua tribo e o levou a terra longínqua.
Mas ele vingativo quis sempre caçar a fada que o amaldiçoou e desde então destrói todas as florestas até um dia ter sua desforra.

Origem do saci

Há muito tempo atrás.
Quando os homens vieram presos da África para a terra Brasil.
Havia um negro menino que não abaixou a cabeça.  Era melhor que os filhos dos brancos em tudo.
Vivia rindo e mesmo quando chibatado zombava de seus captores.
Era valente e muitas vezes fugia da escravidão.
Um dia uma sinhá ficou louca de raiva quando o menino deu um beijo em sua filha.
Ela mandou levarem ele para a floresta e ali cortarem sua perna e o deixarem para morrer.
O menino foi levado rindo. E mesmo enfrentando a morte não abaixou a cabeça e nem deixou de rir.
Jaci vendo que ele iria morrer e admirada da coragem do pequeno menino lhe deu uma carapuça que caiu da lua e quando o menino a tocou o vento o abraçou e ele se tornou um com ele.
O Iaci Iaterê ou Saci Pererê nasce a partir dali.
O menino que não se inclinou se tornou o protetor de todos os abandonados.
As crianças que se perderam sozinhas se tornam sacis.

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...