Os
dois foram andando rapidamente, até voltarem ao mural, onde aquele
senhor, mostrou uma marca na parede, um pequeno e nivelado símbolo
que se destacava entre todos.
_
Aquela marca é o seu símbolo, você carrega o espírito da vingança
contra o primeiro assassinato, você é aquela profetizada por Apolo
milênios atrás como a matadora de deuses que quando a hora chegasse
teria o destino de todos em suas mãos.
_Toque
na pedra nesse, nesse e naquele lugares e você vai entender melhor,
disse ele enquanto se afastava, ela mais por instinto do que por
alguma razão maior tocou exatamente nos locais em que tinha sido
ordenada e no mesmo instante, um portal se abriu e a sugou para
dentro dali e Destino selou o lugar com todas suas energias criando
um campo de energia que invadiu todo o reino dos sonhos, mas deixou
boa parte dos que ali viviam presos do lado de fora, pois tinham
conseguido levar a batalha para fora dos portões, mas vendo se
privados de sua retaguarda não tiveram como voltar e acabaram
cercados e foram levados para o inferno, onde seriam torturados por
toda a eternidade e mesmo que colaborassem, ainda sim seriam mais
torturados ainda, pelo remorso e pelas chicotadas constantes no
espírito e na mente.
Com
aquele gesto pensado, Destino condenou o sonhar a um vazio constante,
onde poucos sonhos tinham que manter a mente das pessoas funcionando,
mas logo não conseguiram absorver a carga e partes do reino foram se
dissipando nas brumas do esquecimento.
Enquanto
isso Luana ou Nêmesis iria entrar numa jornada que mudaria sua
história e os destinos de todos os reinos...
Ela
foi lançada na Oriente, muito antes daquela região ser reunida em
países, reinos e províncias, num mosteiro muito antigo, ela sobre
os braços de uma estátua gigantesca, de aparência horrenda que era
adorada como uma deusa, era Kali a antiga deusa da destruição e
aquele era seu templo, os sacerdotes e monges ficaram abismados ao
verem ela aparecendo numa luz brilhante pronta para a batalha e
pensaram ser a própria deusa voltando para os punir e com gestos
certeiros foram se matando, um por um, com medo das punições que
ela poderia lhes trazer.
Ela
ficou atônita, sem nenhuma reação enquanto eles se matavam, e em
poucos minutos ela podia contar uns trinta corpos, provavelmente dos
mais altos sacerdotes, aqueles a quem era dada a permissão para
verem a estátua da deusa e oferecerem a ela sacrifícios em dias
ritualísticos.
O
horror paralisou a de medo e por instantes seu lado humano falou bem
mais alto e ela temeu acabar sendo morta, caso alguém pensasse ter
sido ela a responsável por aquela chacina, eis que uma criança
apareceu naquele amplo salão, e foi chutando os corpos até chegar
perto dela e com um gesto fez com que ela descesse para o chão e foi
a conduzindo por cima dos corpos.
Não
mexia a boca, mas falava na sua mente, por meio de telepatia:
_
Venha me siga, eles eram sacerdotes fracos, não tinham a força para
servir a mim.
_Você
é a deusa daquela imagem? Perguntou Nêmesis
_
Sim! respondeu a deusa na mente dela.