sábado, 25 de abril de 2015

Hotel da Morte: Capítulo 8 – A Jornada rumo ao conhecimento



Os dois foram andando rapidamente, até voltarem ao mural, onde aquele senhor, mostrou uma marca na parede, um pequeno e nivelado símbolo que se destacava entre todos.
_ Aquela marca é o seu símbolo, você carrega o espírito da vingança contra o primeiro assassinato, você é aquela profetizada por Apolo milênios atrás como a matadora de deuses que quando a hora chegasse teria o destino de todos em suas mãos.
_Toque na pedra nesse, nesse e naquele lugares e você vai entender melhor, disse ele enquanto se afastava, ela mais por instinto do que por alguma razão maior tocou exatamente nos locais em que tinha sido ordenada e no mesmo instante, um portal se abriu e a sugou para dentro dali e Destino selou o lugar com todas suas energias criando um campo de energia que invadiu todo o reino dos sonhos, mas deixou boa parte dos que ali viviam presos do lado de fora, pois tinham conseguido levar a batalha para fora dos portões, mas vendo se privados de sua retaguarda não tiveram como voltar e acabaram cercados e foram levados para o inferno, onde seriam torturados por toda a eternidade e mesmo que colaborassem, ainda sim seriam mais torturados ainda, pelo remorso e pelas chicotadas constantes no espírito e na mente.
Com aquele gesto pensado, Destino condenou o sonhar a um vazio constante, onde poucos sonhos tinham que manter a mente das pessoas funcionando, mas logo não conseguiram absorver a carga e partes do reino foram se dissipando nas brumas do esquecimento.
Enquanto isso Luana ou Nêmesis iria entrar numa jornada que mudaria sua história e os destinos de todos os reinos...
Ela foi lançada na Oriente, muito antes daquela região ser reunida em países, reinos e províncias, num mosteiro muito antigo, ela sobre os braços de uma estátua gigantesca, de aparência horrenda que era adorada como uma deusa, era Kali a antiga deusa da destruição e aquele era seu templo, os sacerdotes e monges ficaram abismados ao verem ela aparecendo numa luz brilhante pronta para a batalha e pensaram ser a própria deusa voltando para os punir e com gestos certeiros foram se matando, um por um, com medo das punições que ela poderia lhes trazer.
Ela ficou atônita, sem nenhuma reação enquanto eles se matavam, e em poucos minutos ela podia contar uns trinta corpos, provavelmente dos mais altos sacerdotes, aqueles a quem era dada a permissão para verem a estátua da deusa e oferecerem a ela sacrifícios em dias ritualísticos.
O horror paralisou a de medo e por instantes seu lado humano falou bem mais alto e ela temeu acabar sendo morta, caso alguém pensasse ter sido ela a responsável por aquela chacina, eis que uma criança apareceu naquele amplo salão, e foi chutando os corpos até chegar perto dela e com um gesto fez com que ela descesse para o chão e foi a conduzindo por cima dos corpos.
Não mexia a boca, mas falava na sua mente, por meio de telepatia:
_ Venha me siga, eles eram sacerdotes fracos, não tinham a força para servir a mim.
_Você é a deusa daquela imagem? Perguntou Nêmesis
_ Sim! respondeu a deusa na mente dela.

Hotel da Morte: Capítulo 7 – Em meio ao sonhos um encontro com o Destino



Ela caiu desfalecida quando entrou na dimensão dos sonhos, ali pelo menos estaria segura, pois somente Morfeu tinha o poder para habitar ali.
Poucos mortais tinham tido a chance de visitar aquela dimensão, Platão fora um deles e quando de lá voltou criou sua nobre teoria do mundo das ideias sem entender nada do que tinha visto pensou estar num local de conceitos perfeitos, de verdades absolutas e de profundas e contundentes transformações.
Felicidade veio em sua companhia, acompanhada de todos os outros sonhos, levaram na para o castelo, eram ordens de Morfeu que todo aquele que ali entrasse fosse levado ao castelo, para ser bem tratado por toda a eternidade.
Ela acordou sem as armaduras, tinha sido tratada por Hypnos que tinha retirado a flecha e enfaixará toda sua cabeça para evitar qualquer sangramento.
Ao olhar para o lugar onde estava pensou ter ido parar num hospital, mas não havia ninguém a quem pudesse perguntar, ela se levantou e foi caminhando meio arrastada, pois uma tontura muito forte se abatera em sua mente.
Caminhou por salas e mais salas, até chegar a sala que tinha visto durante a viagem ao lado do rei daquela dimensão, as pinturas acerca do início do mundo, cada uma delas relatando como tudo fora criado.
Ao lado daquelas pinturas, um anãozinho estava sentado no chão, em posição meditativa, quando ela chegou ao seu lado, ele com uma voz calma:
_ O que a vingança faz no palácio dos sonhos?
_ Teria a humanidade se tornado em fim justa?
E por fim riu sem contudo abrir os olhos. Ela mesmo estando fraca, perguntou: _ Quem é você?
_ Eu sou o conceito por trás das ações humanas, sou um dos mais velhos seres da Terra, já vi de tudo um pouco nesses meus milênios de vida e ainda sim não sei tudo, não preciso dizer meu nome, algo na sua cabeça, sabe quem eu sou!
_ Destino, ela respondeu e caiu enfraquecida novamente.
_ Durma criança, se você soubesse o mal que lhe aguarda, dormiria para todo o sempre.
Depois de nove dias, ela acordou mais estabelecida, sua armadura tinha sido consertada por Inventus, o senhor dos sonhos criativos.
Ela foi vestida novamente por duas ninfas e levadas ao regente, o médico Hypnos que traz o bom sono, ao seu lado Destino e Justiça, ainda desfalecendo fez alguma mesura frente aquelas autoridades, contudo os olhares que recebeu pareciam ser mais típicos de censura do que de aprovação.
Todos ali estavam trajando armaduras militares por que estavam esperando que a guerra chegaria ao reino dos sonhos mais dia menos dia e logo defender a mente da humanidade dos que desejavam apossar de seus sonhos era uma necessidade iminente.
Muitos sonhos e pesadelos estavam ali naquela sala, esperando para ouvir aquela audiência que a muito tempo tinha sido prevista pela providência do mestre daquela dimensão.
A sessão começou solene com cânticos que Nêmesis não entendia uma palavra mas que a todos ali causavam muita comoção, eram canções que só depois soube se tratarem do senhor dos sonhos e de como cada sonho tinha sido criado, era a cosmogonia daquele mundo sendo contada diante dela.
Não tinha entendido como havia parado ali, após ser cercada por vários deuses na base do monte Olimpo, só tempos depois soube que a pedra dos sonhos era o coração de Morfeu, sua última força vital, que tinha trazido para cá.
Hypnos não falava a língua comum, somente o idioma dos sonhos, por isso foi dado a ela um caduceu que lhe transmitia as mensagens faladas ali através de imagens que ela entendesse mais rapidamente, contudo a serpente dada ao entrar na mente dela, não encontrou um padrão fixo de mente, ela era ainda a mortal Luanna e o espírito da vingança Nêmesis e por isso ora ela recebia imagens que sua parte humana conseguiria entender ora mostrava cenas que a Deusa da vingança entenderia com facilidade.
Contudo não passarão da parte cerimonial por que no instante em que entraram na discussão do caso, divisões de mortos vivos atacarão os portões do sonho, e as sentinelas postadas nas entradas soaram um alarido e todos sairão a combater.
A sala ficou em instantes completamente vazia, somente Destino ainda estava ali, admirando tudo através das janelas do palácio dos sonhos.
_ Esse reino está lutando por você! Disse ele.
_ Por que? O que eu tenho de importante e por que todos querem tanto me destruir?
_ Você não sabe o que você realmente é para toda essa gente?
_ Venha, vou lhe mostrar a verdade...

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...