sábado, 2 de maio de 2015

Crimes e magia.


Essa história começa com uma mentira contada numa pequena cidade do interior de Goiás, um jovem disse ter ganhado na loteria para um grupo de amigos num bar na praça central.
Era uma lorota de um garoto, mas para manter a pompa da mentira tirou da carteira algumas notas de cem e pagou a conta e saiu cambaleando até sua moto e aquela foi a última vez que ele foi visto com vida.
Foi encontrado morto na estrada para sua casa, a polícia começou a investigar, mas poucas pistas apareciam, a imprensa foi chamada mas nem mesmo os repórteres conseguiam entender o que tinha ocorrido.
E nas semanas seguintes foram ocorrendo misteriosos assassinatos, todos os que tinham visto o jovem mentiroso pouco antes dele morrer estavam morrendo em circunstâncias suspeitas, que não havia ganhado em loteria nenhuma e havia recebido somente por um serviço feito horas antes numa casa de uma idosa muito rica, segundo o que se pode apurar.
Alguns morriam em acidentes na estrada, outros tiveram a casa incendiada a noite , morrendo carbonizados, somente um dos amigos, o Pedro tinha conseguido escapar com vida a uma misteriosa tentativa de assassinato enquanto abria o portão da casa para a saída do pai, cinco manhãs após o ocorrido, contudo tinha ficado inconsciente no hospital.
Todos temiam que ele fosse morto e dois policiais foram colocados de prontidão vinte e quatro horas na porta do hospital, contudo na manhã seguinte ao crime que quase lhe tirou a vida, o rapaz foi encontrado morto, uma seringa no chão indicava que ele havia sido envenenado enquanto dormia.
A seringa foi coletada pela perícia e após os exames e depoimentos uma enfermeira de nome Rose caiu em contradição e acabou sendo presa, era dela a digital na arma do crime e quando confrontada com esse fato acabou confessando tudo, confessou que tinha sido paga para realizar tal ato por um homem em uma moto e que depois de receber a grana ela foi ameaçada por várias vezes via mensagem de texto, disse também que tinha medo que tentassem algo contra seu filho que estava na escola e ainda não tinha sido informado da prisão dela.
O delegado contudo não pode terminar o depoimento por completo, uma chamada tinha sido enviada, uma criança havia sumido da escola local: O filho de Rose, o pequeno Marcos, havia desaparecido!
Uma diligência foi enviada para lá, enquanto dois homens vigiavam a delegacia onde a principal testemunha estava.
O delegado ia dirigindo preocupado, por que ela ainda não havia contado quem a tinha pago para realizar aquele assassinato, e várias possibilidades passavam pela cabeça da autoridade policial.
Logo que chegaram, os policiais foram recebidos por várias funcionárias em pânico, um senhor de idade tinha entrado com uma arma e levado o pequeno Marcos da escola a força, elas não puderam fazer nada, nem mesmo sabiam para onde ele tinha ido por que na fuga tinha jogado uma granada de gás e muitas crianças e funcionárias quase morreram asfixiadas.
O local era uma confusão local, mas agora o delegado sabia quem tinha sido o culpado: Era o ex – major do exército e colecionador de armas, Teles. Somente ele tinha conhecimento para produzir uma granada caseira e porte para andar com arma de grosso calibre pois tinha licença de caçador.
O delegado entrou na viatura deixando os policiais que o acompanhavam para ajudar no socorro das crianças e manter o local isolado para a perícia que deveriam contatar e que provavelmente demoraria duas horas pela rodovia até chegar ao pequeno município.
Saiu em alta velocidade até a casa do ex – militar e escutou o choro de uma criança, logo arrombou a porta com um chute e entrou na casa, mas o que viu a seguir foi algo deverás aterrador.
Um homem vestindo uma roupa negra e surrada estava segurando o corpo já inerte do criminoso, seus rostos estavam quase colados, e era possível ver nos olhos daquele estranho um brilho e sua boca estava aberta e parecia sugar o fluído vital da carcaça do procurado que ia ficando a cada instante mais velho até que morreu, seco como um cadáver enquanto que o estranho parecia ter renovado sua vida e agora até suas roupas pareciam ter se regenerado.
O policial ficou sem ação e antes que tentasse algum movimento, das mãos daquele homem saiu uma bola de fogo branco que o paralisou e pouco a pouco foi transformando seu corpo em pedra, a criança entretanto foi poupada, mas depois das cenas que tinha visto naqueles poucos instantes desde seu sequestro na escola tinha ficado completamente louca e jamais revelou nenhum fato.
Até hoje o mistério por trás do desaparecimento das mortes e do desaparecimento do policial e os segredos daquela estátua que apareceu na casa do ex – militar ainda assombram aquela pequena cidade.
Alguns vizinhos contaram que um homem de capuz saiu da casa, mas assim que deu poucos passos se transformou em um corvo e desapareceu pelos céus a voar. E o caso permanece sem nenhuma solução! E principalmente sem nenhum motivo o que haveria de ter levado um militar a cometer esses crimes? Será que foi ele mesmo, também é preciso que se pergunte? Mas isso nem o tempo saberá dizer, as pessoas na cidade ainda tem medo do caso, dizem que toda noite um pássaro negro aparece na região e sempre que ele canta alguém morre, não importa onde nem quando, até já gravaram o canto do bicho e é algo aterrador!
Se você querido leitor duvidar de mim, não lhe serei duro nem lhe criticarei, mas se visse como o povo daquela cidade tem medo de falar a respeito do caso me entenderia melhor... Mário Orzikof, repórter do Tribuna Mística, o Jornal da magia!

Hotel da morte: Capítulo 10 – Para ter paz é preciso que haja guerra!



Nêmesis caminhava ao lado daquela criança, pensava em como sua vida tinha mudado nos últimos dias, elas iam passando em meio as pessoas, que saiam assustadas da frente das duas ou apenas se ajoelhavam pedindo a benção delas como se fossem sagradas encarnações, capazes de distribuir benfeitorias as pessoas.
Mas a frente ia a destruição e um pouco atrás a vingança, dois conceitos que não eram bem vistos nos dias modernos, mas naquela época a noção que se tinha era outra.
Sabiam que era após a destruição que se vinha a paz por um período de tempo até que outra destruição viesse, sabiam que quando um crime cometido era por reparação, vingança que as vítimas e familiares pediam enquanto pranteavam seu morto.
Elas foram caminhando até chegar a um ponto, onde uma mulher via seu filho ser morto por um grupo de guerreiros que armados com arcos disparava nele e a cada novo disparo, a mãe soltava um grito e recebia um murro dos assassinos.
De algum modo ao olhar para ela, algo dentro dela se inflamou, era por vingança que o coração dela clamava, era um grito de puro ódio, não para que se trouxesse a vida de seu filho morto e colocado numa estaca de madeira, mas simples e pura vontade que aqueles homens fossem mortos.
A raiva que tomou conta dela foi crescendo e a medida que a crueldade se repetia, ela ia aumentando até que num determinado ponto ela focou sua mente naqueles homens e no mesmo instante, eles entraram em combustão espontânea, suas roupas pegaram fogo e eles saiam correndo para todos os lados e alguns até pularam num poço, contudo seus corpos não apagariam enquanto restasse o mínimo vestígio de vida.
Aquela mãe mesmo com a face toda inchada e sem nenhum dente na boca devido aos socos que recebeu, correu para o filho e o libertou sua alma estava livre da alma e sentindo a calma e a dor daquela mãe, Nêmesis foi acalmando até o ponto de seus olhos não crescerem em chamas e ela voltar a ter uma aparência comum.
_ Acho que agora entende qual é o real significado de justiça? Disse Kali, através de telepatia.
_ Sim, eu entendo o que isso significa, ela pensou e no mesmo instante um novo portal se abriu e ela foi arrastada para outra lição.

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...