O
nome real dela era Marie Castlemady, herdeira de um poderoso império,
mas que nunca teve nenhum tipo de amor por parte do pai, um poderoso
político envolvido no brutal mercado de armas.
Sem
tempo para a filha, ele a trancafiou num internato durante toda a
infância e adolescência, no local ela era a única que não tinha
direito de ir para a casa durante as férias, ficando sozinha na
instituição junto com funcionários, vendo todo o tempo passar.
Certo
dia, ela fugiu da instituição e acabou sendo raptada por um
maníaco, e só não acabou vítima de estupro, por que num instante
de vacilo dele, ela correu até uma mesa próxima na cabana para onde
ele a tinha levado e o atingiu com um golpe no coração.
Os
dois se atracaram numa luta, e ela parecia movida pelo puro instinto
de ódio, foi uma sensação libertadora, era como se a cada golpe
ela libertasse toda felicidade que nunca havia sentido de fato.
No
fim de tudo quando o bandido a largou, ela estava banhada em sangue e
com uma sensação tão grande de felicidade que parecia estar
viajando em um sonho, era quase um estado de estupor por drogas, o
sangue em seu corpo, as vozes dos policiais que foram chamados ao
ouvirem os gritos, as professoras e a diretora brigando com ela, a
imprensa, nada fez sentido por horas depois, seu cérebro parecia
estar alucinado em um estado de plena felicidade.
No
outro dia ela estava em casa, seu pai lhe jurando mil e uma
maldições, ela agora receberia sua instrução na casa de verão da
família, cercada por todos os lados, enquanto ele comprava todos os
jornais para o caso cair no esquecimento.
Na
propriedade de verão da família, todos os criados eram muito
ligados a sua mãe, uma duquesa que morreu ao trazer ao mundo aquela
criança a quem todos os moradores da pequena vila próxima dali
consideravam como uma princesa, o local onde ela passou a morar foi
aberto e limpo para sua chegada e não era raro que quando ela saia
para fora alguns que passavam em frente ao portão se ajoelhassem
perante a ela como se fosse membro da realeza.
A
pobreza daquela região, após o acidente nuclear, que matou a pesca
tinha devastado tudo, quando a duquesa resolveu construir sua casa
ali, muito dinheiro foi atraído para o local, ela juntamente com sua
casa ajudou a construir um hospital para as vítimas da radiação,
além de organizar um baile para as grandes e endinheiradas senhoras
doarem alguns milhões para a instituição que foi mantido mesmo
após sua morte.
O
tempo todo de Marie era entre aulas, piano, tiro, artes marciais e
regras de ética, uso da retórica e outros conhecimentos que uma
lady do século vinte e três precisava ter.
Seu
dia acabava cedo e ela tinha de seguir normas estritas para ir dormir
logo as sete da noite, mas numa noite quando estava muito calor, ela
saiu do palacete e foi para um galpão anexo, onde vinha um barulho
brutal.
Um
rapaz pequeno, carregava uma motosserra e cortava os animais já
mortos e limpos, ele quebrava os ossos e preparava as carnes
colocando as em carnes.
A
cena daquela serra lhe fez sentir uma pontada de prazer brutal, ela
mal falava com qualquer um dos empregados, aceitando o que lhe era
preparado, vivia como uma dama, conforme o que seus mentores a
ensinaram, mas quando chegou próximo ao rapaz, estava tomada da mais
pura vontade de matar, ordenou que ele simplesmente embalasse as
carnes, enquanto ela faria o trabalho de serrar.
O
pobre, ficou branco ao vê – la somente de camisola e largou a
serra rapidamente indo para a posição ordenada e ficou
impressionada com a face da moça completamente feliz ao ver o sangue
espirrando por todo seu corpo, para o rapaz a cena era paradísiaca,
a cada novo golpe da serra as formas da moça se desnudavam a sua
frente, enquanto que para ela, ter a sua frente tanta carne para
cortar era uma sensação deliciosa, sua mente adquiria tanta energia
a cada novo golpe, que nem a serra parecia pesar mais, era como se
aquele pesado instrumento fosse parte do seu braço.
Ela
ficou ali até quase amanhecer, e quando saiu dali, o filho do
açougueiro tinha as calças sujas devido a uma ereção que teve ao
ver aquele corpo lindo, enquanto a jovem voltava para casa, caindo na
banheira com a roupa, que ao mergulhar na água fria aquela hora ia
perder a cor sanguínea.
A
sensação de prazer era tão grande que aquela noite ela não dormiu
um mísero segundo e mesmo assim não aparentou sequer uma olheira,
todos os professores estranharam aquela súbita felicidade, vindo
dela que sempre fora tão recatada e distante.
Por
dois anos ela terminou seus estudos e toda semana ia para a cabana
matar, o filho do açougueiro, já não se importava em trabalhar a
noite para dar mais descanso para seu pai.
O
rapaz nutria pela moça uma paixão secreta, uma paixão de sangue,
carne e ossos, que iria culminar numa cumplicidade entre os dois,
sempre que se olhavam, eram portadores de um segredo de sangue e
ossos.
Até
o fim do ano de 2039, quando um grupo de motoqueiros conhecido como
os “adoradores do diabo” entrou nas terras da propriedade, a
equipe de segurança, preparava rapidamente o translado da moça, mas
está viu o grupo matar o seu cúmplice e pegou uma arma de caça, no
armário na porta do seu quarto que era mantido trancado fora do
período das aulas e saiu.
Os
bandidos rodearam a propriedade e foram saquear a vila, era apenas um
grupo de batedores, que ao fim de algumas horas estavam tão bêbados
pelo massacre geral que tinham causado que tinham ficado descuidados
ao ponto de não deixar guardas vigiando o acampamento tosco que
montaram.
Ela
seguiu a trilha deles e se posicionou a curta distância em um bosque
próximo, sua mira estava focada e seu olho movido pela raiva parecia
ter expandido seu foco e o primeiro tiro que acertou um dos homens
que dormiam ao lado de garrafas de cerveja barata, acertou
diretamente na sua fronte entre os dois olhos.
Os
demais acordaram, mas ainda sob efeito do álcool eram incapazes de
pensar direito e ficaram atirando em sombras a noite, enquanto ela se
movendo com cuidado, acertava cada um deles na cabeça, fazendo os
tombar com todo cuidado.
Quando
o último deles caiu, ela saiu do seu esconderijo, chegou próximo a
um dos acampamentos e quando viu uma faca caída ao lado de um dos
corpos, suja de sangue, abriu uma das barracas e viu diversas
mulheres, as roupas tinham sido rasgadas e após serem estupradas
todas acabaram degoladas, o sangue em uma das tendas banhava a terra,
quando viu aquilo, ela foi possuída em um transe de puro ódio
voltou até a faca, pegou a e começou a decepar cada parte dos
corpos daqueles bandidos tendo o cuidado de ao arrancar o pênis
colocando dentro de suas bocas.
Ela
abriu todos os homens, como os porcos no matadouro, quando o serviço
estava acabado e ela estava em êxtase mas totalmente cansada, viu em
uma outra tenda, várias crianças que choravam abafadamente.
Uma
das maiores, tinha doze anos e tinha assistido a todo aquele
assassinato e tinha lágrimas de felicidade e medo correndo pelos
olhos, quando ela chegou até as crianças, muitas pareciam querer
fugir dela, pensando que as mataria, assim como fez com aqueles
homens que as haviam roubado e falavam que venderiam as para os
mercadores de órgãos.
Como
uma cavaleira dos tempos antigos, ela simplesmente ordenou que a
seguissem e abriu caminho para a vila, deixando para trás o
acampamento incendiado dos bandidos, as meninas foram devolvidas para
suas famílias ainda sitiadas na igreja, única proteção daquela
pequena cidade.
O
magistrado da cidade foi o primeiro a vê – la carregando um saco
numa das mãos e uma arma no outro ombro.
Ele
perguntou sobre o que havia acontecido com as jovens e mães daquelas
crianças, mas ao olhar nos olhos da jovem soube que elas haviam sido
mortas, todo o povo ainda reunido na igreja, comemorava junto com o
reverendo aquele milagre quando ela chegou até eles com o saco e
jogou o ao chão, mostrando as cabeças de cada um daqueles homens,
com suas genitálias introduzidas pela boca adentro.
Todos
ali dentro da sala ficaram num misto de euforia, gratidão e medo
daquela jovem, que nas semanas seguintes se tornou uma real líder
daquela vila.
Abandonou
o castelo após mandar todos seus seguranças embora, com ajuda dos
populares e funcionários do palacete, estes saíram com medo de
serem linchados, voando diretamente para seu pai, que logo viria para
lhe esbofetear e xingar por ser como ela era, mas agora precisava
defender aquela gente...
Tinha
pego um dispositivo de comunicação dos motoqueiros mostrando que a
gangue inteira iria se mudar para aquela região em uma semana, e
pelos seus cálculos eles estariam há apenas dois dias quando
mandaram os batedores virem na frente.
Ela
preparou tudo, sendo seguida de maneira cega por aquela gente, que
via nela uma espécie de santa salvadora, os que sabiam atirar,
ficaram espreitando na estrada, para derrubar o máximo de
motoqueiros que fosse possível enquanto os demais preparavam a
cidade para se tornar uma ratoeira para aqueles assassinos.
Ao
fim da segunda tarde, eles chegaram, vários defensores foram mortos,
após matarem com disparos certeiros mais de cinquenta motoqueiros, o
palacete foi queimado, assim como todos os prédios anexos, as chamas
levaram as lágrimas vários funcionários que tinham sido levados
para a cidade como forma de reforçar as defesas.
Os
bandidos foram avançando e a cada metro apareciam troncos, flechas,
e buracos a nas estradas e pistas auxiliares que tragavam vários de
uma vez, quando chegaram na cidade somente 100 ainda estavam em
posição de lutar dos trezentos que tinham vindo de moto para aquela
região.
A
cada casa que eles entravam, pessoas saiam com coquéteis molotov,
fritando diversos homens antes de caírem metralhados, a cidade ao
fim do combate tinha diversos cheiros, mas todos lembravam a morte.
Dos
quase dois mil habitantes, menos de um terço havia sobrevivido ao
combate, ela estava entre os sobreviventes, tinha pego no castelo uma
antiga espada e na casa do magistrado, onde as crianças tinham sido
escondidas no porão, que ela ajudou a defender.
Matou
sozinha quase vinte homens, ao fim do conflito tinha estilhaços de
bomba na orelha, cinco ferimentos a bala, no estômago, e uma
lasceração na coxa muito séria, mas ainda teve força o bastante
para participar da execução do líder daquele bando, conhecido como
Belzebu, que foi apedrejado e fatiado em vários pedaços e só então
caiu desmaiada, sendo levada em um cortejo para o hospital, onde
todas atenções passaram para a heróina do pequeno povoado.