Tirando
as presas do conde Drácula.
Depois
desse meu furto no mosteiro, voltei a sair pelo mundo vestindo meu
caso de Lobo mau, passei um tempo na África aprendendo a curar meus
ferimentos e caçando terroristas, afinal se eles forem mortos por um
porco perdem as setentas virgens e vão para o inferno.
Sai
dali depois de ter me cansado de matar terroristas, fui para o sul da
Itália, mais especificadamente para a Sicília e acabei servindo
como matador de mafiosos. Quando uma família de criminosos desejava
matar a outra, eu era chamado e sempre fazia meu serviço de maneira
rápida e direta, cortando a cabeça do inimigo e pregando a em uma
lança, era algo idiota mas eu não resistia a esse toque dramático.
Minha
vida como caçador da máfia foi interrompida quando um exorcista
vindo da Europa do Leste, me procurou na ilha onde eu morava junto
com outras vinte garotas.
Era
um velho que cheirava como uma múmia putrefa, começou dizendo que
tinha ouvido falar que eu matava qualquer um por dinheiro, disse que
poderia me pagar e que o próprio Papa me daria a benção pelos
pecados caso eu conseguisse vencer a esse inimigo que ameaçava a
própria existência da humanidade.
Bocejei
depois de todo aquele falatório e perguntei: _ Quem seria o alvo?
_
O conde Vlad Dráculi.
Rapidamente
peguei meu computador e peguei a ficha dele e nada foi encontrado.
Procurei
nas enciclopédias e vi que ele estava morto há pelo menos
quatrocentos anos.
Ri
da cara do velho enquanto lhe mostrava a página falando da morte do
alvo que ele tinha me falado.
Ele
apenas fez um gesto e tirou do bolso um pequeno pen drive e pediu que
eu visse; Era um vídeo de segurança, em modo de visualização por
calor.
Mostrava
uma jovem que corria pelas ruas de Budapeste, os sons eram
estridentes, mas dava para ouvir os gritos dela pedindo socorro num
inglês bem forçado com sotaque russo e parava num ponto, próximo a
praça principal da cidade.
O
vídeo parava ali, depois tinham as fotos de um laudo necroscópico
que atestavam a morte da jovem sem nenhuma gota de sangue no corpo.
Tinha sido sugada até a morte pelo vampiro em questão.
Vi
aquelas cenas e perguntei mais interessado: _Quem é a gritadora sem
sangue?
_Uma
arqueóloga que trabalhava numa escavação na Romênia para procurar
vestígios do Conde Drácula e acabou encontrando sua tumba perdida.
Foi
incinerada após a retirada das fotos e o pó dos seus ossos colocado
num vidro de água benta, que explodiu na mesma hora.
_
Tudo bem! Você me convenceu múmia falante. Mas eu quero outra coisa
além de ouro. Eu sei que a igreja tem todos os pergaminhos sobre as
lendas antigas, guardados na biblioteca proibida. Se eu vencer o
conde Drácula, quero tudo o que vocês tem sobre o coelho da páscoa.
Ele
me olhou espantado, parecia não acreditar que eu estava dispensando
ouro e até a benção papal para pecados futuros, mas se recompôs
rapidamente e disse: _ Posso garantir que você os terá assim que
terminar o trabalho.
Ótimo
parto agora mesmo, e dizendo isso sai da sala e pedi para uma das
minhas garotas levar o padre para seu transporte.
Fui
até meu computador na sala de armas e pesquisei tudo que havia na
biblioteca de como matar anormalidades bizarras.
Encontrei
o termo vampiro seguido das seguintes armas: Alho, Estaca, Prata e
Água benta.
Teclei
na minha impressora 3D e fiz algumas armas modificadas para disparar
poções de alho e água benta, pistolas com munição de prata e um
disparador de estacas de madeira, além disso um coagulante poderoso,
com o qual eu enchi dezenas de granadas.
Peguei
meu helicóptero e parti para mais uma batalha. Coloquei no andróide
automático e fui almoçar no banco de trás.
Comi
dois sanduíches e um vidro de coca – cola e dormi até chegarmos a
Budapeste.
Meu
andróide alugou um carro e me levou até um hotel, onde com um tapa
na cara me acordou.
No
mesmo instante saquei uma pistola que sempre carrego no bolso
esquerdo inferior do casaco e disparei na cabeça daquela máquina
abusada que quebrou o vidro e saiu voando pela porta.
Desci
do carro, dei uma coçada nas partes intímas e sai assoviando uma
canção dos anos 20. Que era mais ou menos assim:
“Quando
eu te vi.
Soube
que era você.
Não
havia nada a fazer.
Além
de ficar parado.
Você
chegou e levou meu carro.
Eu
fiquei embasbacado.
E
atirei no seu pneu.
E
tu parou no hospital.
E
morreu...
Quando
eu soube que ia fugir com o João.
Te
esganei com seu cordão.”
Me
registrei no hotel e pedi duas garrafas de pimenta para alegrar minha
noite. O porteiro ficou espantado com meu pedido e quase pensou em
recusar, mas eu dei uma nota de cem euros para ele e logo fui
rapidamente levado ao meu quarto, quase como se fosse rei e minutos
depois tinha meus dois vidros de pimenta.
Dormi
até a meia noite sonhando com vampiros e garotas vestindo sobretudos
justos, quando acabei acordado por gritos que vinham dos quartos
vizinhos.
Fiquei
de mau humor e quase xinguei muito, mas depois prestei um pouco
atenção e vi que os gritos das pessoas nos corredores pareciam ter
cessado e em seu lugar tinham somente barulhos de pessoas gemendo e
de sangue escorrendo.
Rapidamente
peguei minha pistola e derrubei a porta num chute, lançando um
vampiro que estava atacando uma prostituta no corredor.
Eles
tinham vindo me caçar, mas como eu não tenho cheiro pelo fato de
ser um desenho vivo, não souberam onde eu estaria e resolveram fazer
uma boquinha de qualquer jeito.
Acabaram
entrando em cada um dos quartos e sugando até matar cada um dos
hóspedes.
Por
sorte não entraram no meu quarto, mas para meu azar com minha
barulheira eu tinha chamado a atenção de todo aquele pelotão de
cem vampiros que tinha vindo me matar.
Narrando
os fatos para vocês agora, imagino que o velhote deveria ser um
deles e quando me contratou deve ter passado para os vampiros uma
descrição geral a meu respeito.
Voaram
para cima de mim pelo menos uns trinta seres branquinhos, parecidos
com vegetarianos, e eu apenas atirava, minha pistola de estacas super
aqueceu de tantos disparos que eu dei.
Os
trinta vegetarianos, ops quero dizer, vampiros estavam ali
paradinhos, quando os que foram para outros andares do hotel
começaram a chegar pelos elevadores e escadas e a minha munição
estava acabando, tinha apenas as granadas , provoquei eles mostrando
minhas nádegas e no mesmo instante um dos vampiros mais nervosos
veio em minha direção usando sua super velocidade e quando ele foi
para cravar seus dentões no meu traseiro eu me virei rapidamente e
joguei a bomba na garganta da besta e dei um chute na cabeça dele,
fazendo o recuar para o grupo que tinha ficado parado me encarando.
Foi
como jogar Napalm em humanos ou em coelhos, os vampiros começaram a
derreter como se a pele deles tivesse sido exposta a um poderoso
ácido.
Seus
gritos ecoavam pelos quatro cantos e juntamente com o lamentar
parecia uma sinfonia de guerra, mas eu não tive muito tempo para
aproveitar aquela música dos pesadelos.
Quebrei
a janela do corredor e pulei para fora, jogando no chão o meu pula –
pula instântaneo, que furou após aparar minha queda.
Peguei
o vidro de pimenta nuclear da Vovó e bebi duas gotas, no mesmo
instante eu estava correndo próximo a velocidade do som.
Dei
a volta no mundo tantas vezes que fiz todos voltarem para o ano 2000,
as crianças voltavam a ser só uma célula e até meu papai voltou a
ser só um adolescente chato, com excesso de livros e espinhas no
rosto.
Quando
o efeito parou eu tinha voltado no tempo, estava novamente no lugar
onde tinha começado a correr, meu corpo estava moído e só então
resolvi ler o rótulo que dizia: “Só tome mais de uma gota caso
queira voltar no tempo. E na letra bem pequena vinha o aviso, em caso
de querer consertar os erros cometidos, acesse
www.desfazendocagadas.com/digiteaquiamerdaquevocêfez.”
Rapidamente
comecei a pensar e me veio uma lâmpada de plasma: _ Eu poderia sumir
com o Drácula e nada mais aconteceria e para provar que eu o tinha
matado, era só arrancar suas presas.
Peguei
um carro e parti para a Transilvânia. Andei por todos os castelos
daquela região e depois de dezoito meses e muitas doses de pimenta,
achei o tal túmulo, bem antes da arqueóloga russa.
Tirei
o caixão dali e o levei até o alto de uma montanha e bem ao meio
dia levantei a tampa, protegendo a cabeça com um capuz impermeável
contra radiação solar, estava um sol forte que rapidamente
dissolveu o corpo do mentecapto vampirão, dissolvendo a estaca que o
mantinha desacordado.
No
mesmo instante ele começou a se agitar dentro do saco, dizendo
pragas e mais pragas contra mim.
Fiz
quatro embaixadinhas com a cabeça do líder supremo dos vampiros e
peguei meu carro, voltando para a cidade, onde invadi um laboratório
de pesquisas em armas químicas com o saco e disquei pela rede o site
da empresa. Quando eu terminei de discar, rapidamente apareceram
milhões de duendes com caras de idiota, que começaram a apagar as
lembranças de todos que eu tinha visto.
O
caixão do Drácula assim como seu castelo de campo, até então
desconhecidos foram incinerados e na minha frente eles abriram um
portal transdimensional, com muito custo permitiram que eu levasse a
cabeça, mas consegui convence – los e logo estavamos de volta ao
nosso tempo normalmente anormal.
Novamente
eu estava na minha ilha um dia antes do padre me encontrar.
Rapidamente levei ele para o subsolo vesti meu avental de dentista,
coloquei a cabeça num suporte onde ele não poderia se mexer ou
tentar morder a mim, ou a uma das minhas garotas e extrai cada uma
das suas presas, e não contente extrai os outros dentes também,
colocando no lugar uma dentadura velha e meio podre.
Logo
após coloquei o numa bandeja de prata lacrada e fui dormir, tomando
o cuidado de colocar no cofre as presas do vampiro.
Antes
que alguém me pergunte, quando eu voltei no tempo meu eu anterior
simplesmente deixou de existir e as garotas que moram comigo na minha
ilha, (As empregadas e as namoradas), no geral tem o QI muito baixo e
não souberam da mudança nem por um segundo.
Acordei
no outro dia com a visita do padre, algo na Romênia, os crimes de um
maníaco que sugava as vítimas e que parecia ser inspirado pela
lenda do conde Drácula.
Eu
me fiz de bobo e quando ele me pediu para caçar aquela aberração
fiz uma proposta inocente:
_
Quanto vocês pagariam pelo autêntico conde Drácula?
_
Ele me olhou espantado e disse que faria qualquer coisa para poder
entregar aquela peste demoniaca para as autoridades eclesiásticas
que dariam para sempre um fim em seu reinado de horror.
Rapidamente
pedi que uma de minhas namoradas pegasse a bandeja e entregasse para
o padre enquanto eu tirei do cofre as presas envenenadas daquele vil
ser e pus elas num pires de café e mostrei para o religioso, que na
mesma hora tirou seu disfarce e tentou me atacar.
Era
um vampiro desde o príncipio. Malditos sejam os clichês de filmes
de aventura fantástica. Ele pulou na minha assistente e disse que
iria sair dali agora ou a garota iria ter a garganta rasgada e saiu
com a cabeça do Drácula em uma das mãos enquanto o outro braço
apertava o pescocinho sedoso e macio de uma das minhas namoradas.
E
ao dizer isso apertou suas mãos que agora tinham um aspecto
bolorento e cheiravam muito mal.
Deixei
que ele se afastasse um pouco, enquanto eu pegava meu rifle mágico
de caça. Carreguei com um super – hiper tranquilizante e disparei,
acertando o no alto da cabeça.
O
maldito caiu por cima da garota e quase a matou sufocada com a
pressão feita pelo braço envolto em sua garganta e o mau cheiro
que aquele corpo podre tinha.
Rapidamente
salvei ela e mandei que a levassem para dentro e lhe dessem um bom
banho, enquanto eu levava o maldito para o subsolo, e juntamente com
a cabeça do Drácula que ele tinha roubado.
Amarrei
ele nu numa cama de pregos e dei uma martelada forte na virilha, o
choque psiquíco causado pela dor fez com que ele acordasse do
tranquilizante.
Na
mesma hora eu perguntei: _ Quem te mandou aqui?
Tua
mãe! Seu idiota, ele respondeu e no mesmo instante eu cortei ele com
uma faca de prata na região do abdomem, o sangue podre dele foi
escorrendo pelo piso metálico do meu laboratório.
Sai
um pouco para respirar um ar mais fresco, quando resolvi inspecionar
os bolsos da batina que ele usava e me deparei com algo interessante,
um anel de disfarce usado pelos iluminnati para protegerem se da
humanidade.
Aquele
anel permitia ao seu portador ficar imune a quaisquer tipos de
fraqueza, tinha no seu meio uma jóia que protegia o portador contra
qualquer tipo de ataque.
Eu
sabia há muito tempo que o coelho da páscoa era o líder dos
illuminati, após ter matado o imortal mestre Molay em uma batalha
que durou cem luas.
Pelo
menos foi o que eu ouviu de um índio bêbado na floresta amazônica,
séculos atrás, após eu salva – lo da morte na mãos dos
colonizadores espanhóis. ( Depois darei mais detalhes dessa
história, não falo agora por que se não vocês perdem o climax da
descoberta incrível que eu fiz, afinal eu também sou maravihoso,
estupendo, incrível, magnífico, um verdadeiro herói).
Voltei
a sala e o maldito tinha se libertado e vinha correndo para me atacar
gritando:
“_
Vou fritar você em uma frigideira! Porco maldito.”
Naquela
hora eu fiz meu olhar de bandido mau encarado e tirei do meu casaco a
minha arma mortal: O disruptor atômico – molecular.
Era
apenas uma pistolinha amarelada que disparava um raio que fazia as
células de qualquer criatura explodir até o indivíduo ficar em mil
e um pedacinho.
Ajustei
a arma para o volume máximo e disparei.
Ele
caiu como uma fruta madura no pé e ainda tentou se arrastar até a
mim, mas seu corpo se desintegrou antes que chegasse próximo as
minhas patas.
Dele
não sobrou nem dente e posso dizer o mesmo da ilha, cujas rochas
começaram a se desintegrar.
Deixei
o Drácula ali e levei tudo o que pude em pimentas e quadros para
dentro do meu barco.
A
Amanda que era minha namorada e secretária que ficava no barco se
salvou, as outras estavam ocupadas vendo a novela italiana da tarde:
O Drama os sete amores de Gaston Leparux e morreram quando a ilha
toda veio a baixo com a desintegração, juntamente com a cabeça do
rei dos vampiros que afundou no mar do sul da Itália.
Ainda
hoje eu uso o anel e busco vingança contra o maldito coelho da
páscoa.
Descobrindo
uma forma de matar o coelho da páscoa.
Acabei
conseguindo os documentos sobre a lenda do coelho com um mitólogo
maníaco por remédios em Roma que já tinha conseguido acesso aos
originais durante o período que tinha sido estudante no Vaticano e
copiado os pergaminhos para si.
Trocou
os rascunhos por duas dose s de Valium e ficou feliz quando
terminamos nossa transação tendo sua overdose de tranqulizantes num
beco próximo ao antigo Coliseu.
Eu
estudei por semanas aqueles pápeis, por que a letra do cara era
terrívelmente feia e acabei por descobrir um detalhe que me chamou
muito a atenção.
O
papai noel, ou são Nicolau na verdade não era um velhinho que dava
crianças, mas um guerreiro que ajudava os indefesos contra as
terríveis forças milenares do coelho da páscoa.
Fazendo
parte da antiga e extinta ordem dos caçadores de monstros. Um grupo
monástico que tinha por missão acabar com as forças do mal
mitológicas e pagãs, mas que foi extinto na era moderna quando as
pessoas deixaram de ver sentido na sua luta. Pelo menos era o que os
pápeis diziam.
Quanto
ao coelho ao que parece tinha sido uma criatura das trevas, um ser
utilizado por Caim em um sacríficio profano na tentativa de se
livrar da sua maldição eterna.
A
criatura foi queimada no fogo e mesmo assim sobreviveu, matando a
Caim com sua vara de apartar ovelhas e saindo pelo mundo a procura de
novas vítimas.
Pouco
se sabe da sua vida a partir daí, só volta a ser mencionado entre
os povos Celtas como o demônio que transforma crianças em doces em
forma de ovos.
Ao
que parece todos os cronistas e copistas que mencionavam as lendas do
coelho acabavam morrendo inexplicavelmente durante a próxima páscoa.
Até os irmãos Grimm tinham evitado essa parte da história do
coelho, contando somente as partes boas que alguns sábios da antiga
Germânia lhes contavam (provavelmente eram bêbados ou covardes para
falar bem de um dos maiores inimigos da humanidade).
Daí
o fato que poucos sabiam da sua real história.
A
lenda terminava dizendo que para matar aquele ser demoníaco era
necessário encontrar a espada do Natal, uma arma feita de energia
que poderia queimar a terrível fera e manda – la de volta para o
inferno que era seu lugar.
Li
aqueles rabiscos com tanto interesse que perdi a noção do tempo e
mal parei para comer, quando terminei estava faminto, guardei o
caderno no meu casaco e sai para comer uma pizza de pimenta e beber
um pouco de conserva de malagueta mexicana.
Agora
eu sabia como mata – lo e tinha a certeza de que ele estava por
trás de todos os massacres e tragédias, usando um anel dos
iluminatti para andar entre os homens sem ser visto.
Antes
de entrar na pizzaria coloquei aquele anel no dedo e foi uma sorte
pois após eu ter entrado eis que surge na porta da Pizzaria: O
Frankeinsten, gritando a seguinte frase: “ Eu vou matar o
porquinho!”
(Esperem
até o próximo episódio para saber o que esse monstro feio,
cinzento e fumante quer comigo! Acreditem vai ter muita ação e
ossos partidos)