quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Futuro Irreal

Somos formados de pequenos pedaços de memória, pedaços de nossa história que vão pouco a pouco moldando nossas escolhas, caráter e tudo relativo a nossa existência.

Agora imagine que um evento pequeno da sua vida fosse alterado por completo e com o efeito cascata toda a sua história começa a desmoronar, pessoas morrem simplesmente por você chegar perto, objetos mudam de forma e lugar pelo seu simples toque, árvores explodem.


Tudo muda, basta um toque e você pode alterar matéria, espaço, tempo, sentido. Você será temido, odiado, as pessoas tentaram te usar, alguns te consideraram como um Deus, mas o que você é na verdade? Um Paradoxo até mesmo para você, sua aparência lhe assusta e sua missão é tão forte que você é o primeiro elo da defesa dos humanos ao longo do tempo.

Após os eventos que passará na segunda guerra mundial: O paradoxo, contraiu grandes dúvidas, por que continuar numa missão que não traz sentido nenhum. Ele acordou sem seus poderes, com uma bengala brilhante e um monte de pessoas estranhas que parecem fazer dele uma espécie de ídolo.

Estamos no ano 5050 e a sociedade humana retrocedeu até a idade primitiva, depois da quarta guerra mundial que devastou o decadente império espacial reduzindo os sobreviventes a condição de barbárie para sobreviver.

Nunca tinha ido tão a frente no tempo, nunca tinha visto o futuro daquela forma, algo estava errado, eu tinha uma missão sagrada a cumprir, recuperar Excalibur e devolver ela ao seu dono, tinha feito um juramento ao meu amigo e cumpriria o.

Eu me levantei com a cabeça doendo muito, não me lembrava muito de como havia sido a viagem, só lembrava de ver um dragão caminhando pela linha do tempo e um choque muito profundo entre eles e um brilho de uma pedra que reluzia como nunca havia visto ao longo da história.

Ao se levantar do catre humilde feito toscamente em uma pedra lascada, ele encostou na rocha e no mesmo instante começou a crescer grama no meio da caverna onde ele se encontrava e ao se colocar de pé, o chão onde ele pisou descalço se tornou ouro puro, onde num instante atrás só havia rocha calcária agora tem um pedaço bruto de ouro.

Um sacerdote da tribo, uma espécie ainda primitiva do que seria um pajé tentando conquistar meu apoio me entregou meu cajado e logo que o vi lembrei por que eu estava usando aquilo e minhas pernas pareceram diminuir de um lado, rapidamente peguei o da mão do sacerdote e sem medo de passar vergonha iniciei uma mímica para pedir comida por que eu estava com muita fome.

O homem demorou alguns minutos para compreender o que eu estava dizendo e rapidamente me trouxe um vinho feito de vermes e uns pedaços de carne que eu nem quis saber do que era, pois na hora a fome era tanta que nem lembrei de raciocinar sobre o que ingeria ali naquele momento.

Conforme eu me alimentava, via nos olhos dele alguma malícia e percebi que ele pensava ter colocado uma erva para dormir na minha comida, mas os efeitos pareciam ser bem pequenos em mim e somente passadas muitas horas que fui cair desmaiado frente aquele homem com uma máscara feita do crânio de boi e vestido em trajes de couro bem surrados e grosseiros.

Acordar em um altar de sacrifício não é uma das coisas mais agradáveis que senti ao longo de toda minha imortal existência, mas sempre há um novo amanhecer para quem sabe acreditar no irreal.




Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...