A
morte estava sentada em seu trono de ossos no hotel transformado em
castelo quando um de seus soldados chegou esbaforido vindo da
dimensão de onde tinha vindo, pela face trazia más notícias:
Ele
se ajoelhou perante ela e disse:
_
Sua filha Amanda escapou das masmorras mortais! Disse o soldado.
_
Como ela conseguiu escapar do esquecimento? Como isso é possível? E
com um golpe fulminou o soldado com sua foice, jogando longe sua
cabeça e logo todo seu corpo!
_
Aquela garota provavelmente conseguiria escapar da dimensão sombria
e viria atrás de sua mãe, tentaria detê – la, de algum modo, era
uma rebelde como fora seu pai, há muito tempo atrás...
A
morte se apaixonou uma única vez, por um anjo morto nas guerras
primevas, seu nome era Hazique, um celestial comandante de legiões,
que correspondeu seu amor!
Ele
era o responsável por vigiar as entradas para o paraíso e certo dia
ao caminhar pela Terra para verificar os selos dos portais para o
paraíso a encontrou pela primeira vez.
Foi
amor a primeira vista, cada beijo, cada toque, cada palavra, tudo era
um amor puro e intenso, mas a guerra começou e ele a abandonou num
dia de sol alto e desde então, ela não conseguia olhar o brilho do
sol sem sentir as lágrimas virem nos olhos, pela falta de seu amor.
No
seu ventre cresceu uma criança que quando nasceu dividia os poderes
angelicais de seu pai com o poder da morte herdado de sua mãe, era
uma menina rebelde de longos cabelos rebeldes que após tentar dar o
golpe no reino de sua mãe foi ferida pela adaga do esquecimento uma
arma que quando tocava qualquer ser levava o automaticamente para a
dimensão do esquecimento.
No
entanto de algum modo ela tinha atravessado de volta e agora ameaçava
seus planos para dominar a Terra antes da guerra final e se
estabelecer como senhora de toda a humanidade.
Ela
ficou perdida e pensativa, olhando pela janela para a degradação,
fumaça e gritos que saiam por todos os lados, nem percebeu que outra
pessoa havia entrado em seu palácio, chegou a sala do trono sem se
anunciar escondida de todos pela habilidade que tinha de ocultar se
nas sombras e num instante saiu das sombras, com o punhal do
esquecimento nas mãos e num só golpe cravou a arma na garganta
dela, antes que tivesse tempo de pegar sua foice deixada ao lado do
trono, após a degola do soldado.
O
corpo da morte foi desfalecendo pouco a pouco enquanto a sua filha
saía das sombras.
_Retribui
a gentileza que me fizeste ao me mandar para lá, ela disse com os
vermelhos de fúria e quando não havia nem o pó do corpo de sua
mãe, mandada para o esquecimento, ela se sentou no trono e ao pegar
a foice completou sua transformação agora ela era a Morte e não
tinha tempo a perder se quisesse salvar o mundo.