terça-feira, 12 de maio de 2015

O Hotel da morte: Capítulo 11 – Fuga



A morte estava sentada em seu trono de ossos no hotel transformado em castelo quando um de seus soldados chegou esbaforido vindo da dimensão de onde tinha vindo, pela face trazia más notícias:
Ele se ajoelhou perante ela e disse:
_ Sua filha Amanda escapou das masmorras mortais! Disse o soldado.
_ Como ela conseguiu escapar do esquecimento? Como isso é possível? E com um golpe fulminou o soldado com sua foice, jogando longe sua cabeça e logo todo seu corpo!
_ Aquela garota provavelmente conseguiria escapar da dimensão sombria e viria atrás de sua mãe, tentaria detê – la, de algum modo, era uma rebelde como fora seu pai, há muito tempo atrás...
A morte se apaixonou uma única vez, por um anjo morto nas guerras primevas, seu nome era Hazique, um celestial comandante de legiões, que correspondeu seu amor!
Ele era o responsável por vigiar as entradas para o paraíso e certo dia ao caminhar pela Terra para verificar os selos dos portais para o paraíso a encontrou pela primeira vez.
Foi amor a primeira vista, cada beijo, cada toque, cada palavra, tudo era um amor puro e intenso, mas a guerra começou e ele a abandonou num dia de sol alto e desde então, ela não conseguia olhar o brilho do sol sem sentir as lágrimas virem nos olhos, pela falta de seu amor.
No seu ventre cresceu uma criança que quando nasceu dividia os poderes angelicais de seu pai com o poder da morte herdado de sua mãe, era uma menina rebelde de longos cabelos rebeldes que após tentar dar o golpe no reino de sua mãe foi ferida pela adaga do esquecimento uma arma que quando tocava qualquer ser levava o automaticamente para a dimensão do esquecimento.
No entanto de algum modo ela tinha atravessado de volta e agora ameaçava seus planos para dominar a Terra antes da guerra final e se estabelecer como senhora de toda a humanidade.
Ela ficou perdida e pensativa, olhando pela janela para a degradação, fumaça e gritos que saiam por todos os lados, nem percebeu que outra pessoa havia entrado em seu palácio, chegou a sala do trono sem se anunciar escondida de todos pela habilidade que tinha de ocultar se nas sombras e num instante saiu das sombras, com o punhal do esquecimento nas mãos e num só golpe cravou a arma na garganta dela, antes que tivesse tempo de pegar sua foice deixada ao lado do trono, após a degola do soldado.
O corpo da morte foi desfalecendo pouco a pouco enquanto a sua filha saía das sombras.
_Retribui a gentileza que me fizeste ao me mandar para lá, ela disse com os vermelhos de fúria e quando não havia nem o pó do corpo de sua mãe, mandada para o esquecimento, ela se sentou no trono e ao pegar a foice completou sua transformação agora ela era a Morte e não tinha tempo a perder se quisesse salvar o mundo.

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...