domingo, 21 de agosto de 2016

A vibrante cor do sangue

Era uma noite calma na cidade de Paris, Maria passeava pelos ruas apagadas da cidade luz.
Todos tinham ido dormir tarde após a comemoração do ano novo, ela no entanto estava voltando da faculdade e caminhava pensando em todos os projetos que estariam por vir.
Sonhava com uma bolsa de estudo e sua pesquisa no laboratório poderia ajuda - a ir mais longe, talvez um mestrado no Brasil pesquisando o Zika ou na África trabalhando com o Ébola.
Caminhava calmamente do campus da faculdade até sua casa, estava tão focada em seu trabalho que nem se deu conta que olhos na escuridão a seguiam bem de perto.
Estava frio aquela noite, ela chegou a estação de trem alguns minutos depois do fechamento do último trem.
Agora teria de ir a pé para casa, antes que terminasse esse pensamento começou a sentir um frio na espinha, uma sensação de medo se apoderou dela totalmente, começou a olhar ao redor até que viu ao longe um rapaz, pálido e de olhos vermelhos, ele parecia estar meio escondido na penumbra da noite.
Ela começou a andar rápido, mas antes que desse poucos passos viu novamente os mesmos olhos ameaçadores, girou o pescoço ao redor e antes que pudesse perceber estava cercada, um grupo de vampiros se divertia com ela antes de mata - la.
A mente deles sentia o calor do corpo dela, ouvia o bater do seu coração com uma mistura de desejo e fome.
Arnand, Marak e Shabul, eram vampiros árabes que tinham sido atacados antes de virem para a Europa.
Se infiltraram no meio de uma carga do museu de história natural que foi resgatar peças romanas em Palmira antes da cidade ser destruída, e quando o avião dos pesquisadores pousou em Paris para um reabastecimento saíram e começaram a saciar seus instintos.
A jovem era sua quinta vítima, gostavam de atacar moças, brancas e bonitas.
Desapareciam com o corpo antes que alguém pudesse aparecer.
Durante o dia viviam nos esgotos e passaram a se unir como uma matilha.
Os três atacavam a vítima até satisfazerem sua vontade. Mas Maria não iria ser uma vítima.
Ainda na infância a jovem ganhou um pequeno amuleto da avó, uma pedra chamada de a cor do sangue, era um talismã cigano que protegia das criaturas da noite.
Maria não acreditava nessas bobagens, mas ainda sim para não desagradar a avó sempre o usava por baixo da blusa. E foi esse o motivo que impediu ela de acabar sendo somente um cadáver a mais boiando pelo Sena.
Os vampiros resolveram brincar, queriam saciar seus desejos sexuais e antes de morderem ela, rasgaram sua roupa, despindo a em poucos golpes enquanto ela tentava gritar, mas sua voz parecia estar travada no fundo da garganta.
No instante em que se preparavam para violenta - la um deles passou de leve a mão na pedra que ela carregava no pescoço e no mesmo instante começou a queimar.
A jóia começou a emitir uma luz sagrada, como se fosse um pequeno social, irradiando tudo ao redor com uma luz avermelhada.
No mesmo instante os três vampiros começaram a desaparecer, foram pouco a pouco ficando transparentes até que sumiram, deixando somente suas roupas ali.
Depois que eles desapareceram um guarda ouviu os berros da moça, que em estado de choque se agarrava a jóia em seu pescoço, como se ela fosse lhe proteger de um grande mal.
O caso virou manchete dos jornais, a jovem foi tratada como louca, mas daquele dia em diante, voltou se a suas raízes, o mundo da ciência perdeu uma bacteriologista inteligente e a humanidade ganhou uma poderosa conjuradora de magia, uma estudiosa dos segredos arcanos contra os vampiros.
Maria, também como Slayer, despertou naquela noite, onde por pouco ela não acabou se tornando parte da alimentação de um grupo vampírico.

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...