quarta-feira, 23 de julho de 2014

Momento de reflexão com participação do Herói Minuto.



Capítulo 2 – Uma lição necessária
Essa história não é nenhuma aventura, tem mais haver com um momento filosófico de decepção com a humanidade e a descoberta de que ainda há alguma esperança.
Marcos Paulo Arantes Ferro –
Eu tinha já alguma prática nessa aventura de ir e voltar pelo tempo e perdi minha fé na humanidade depois de perceber que em geral a história humana é uma sucessão de guerras e conflitos que só trazem a morte e que pouco a pouco os seres humanos foram se tornando meros dependentes de tecnologias e máquinas, se afastando do mundo real e moldando uma membrana para enxergar a realidade, estava tão decepcionado que nem me interessava mais pelos problemas que via na minha frente, deixando tudo correr seu curso, eu apenas orava a Deus procurando um por que para tudo o que via, quando adormeci e fui levado pela linha do tempo para um novo lugar.
Uma cidadezinha no interior de Minas Gerais, um lugar pacato e tranquilo aparentemente, eu acordei e estava numa praça, com várias pessoas falando a respeito de um herói daquela pequena região, diziam ser ele um rapaz bom, altruísta e caridoso, que ele tinha sempre disposição para ajudar e não media os riscos para fazer o bem, fiquei interessado em conhecer aquele jovem do qual eles falavam, andando pelas ruas, logo vejo um assalto em andamento, um bando de criminosos se junta para praticar um furto contra um posto de gasolina quando surge nos céus o herói que todos chamavam de Minuto, e parti para cima deles, jogando um dos criminosos nocauteado a distância, os outros rapidamente abriram fogo contra ele que evitando as balas parecia se afastar das pessoas e animais que via pelo caminho buscando sempre proteger os outros.
Vendo aqueles gestos tão nobres, resolvo intervir e paro o tempo, deixando somente eu e ele com capacidade de nos mover, me aproximo daquele rapaz que a principio estranha minha aparência, mas depois aceita conversar:
- O que é você?
- Um andarilho do tempo, desiludido com a raça humana. Por que você ajuda a toda essa gente? Por que você gasta seu tempo e sua força para proteger pessoas que são em geral ruins e perversas, qual é o sentido de ser o guardião de algo tão ruim quanto os seres humanos?
- Senhor Rato, ele disse me olhando com uma cara de nojo. Eu tenho poder para isso, eu posso ajudar e se uma pessoa me vir como exemplo e melhorar seu comportamento já não terá valido o esforço e o sacrifício? As pessoas são apenas carentes de exemplos e modelos a seguir e se eu posso inspirar alguém eu faço por que assim acredito que estou tornando o mundo num lugar melhor para todos viverem.
- Eu vi o tempo meu rapaz, os seres humanos perverteram seu próprio poder, não são bons, como um dia o criador os pensou.
- Se você realmente viu tudo e tem poderes, por que ao invés de se lamentar não fez algo para mudar a realidade e assim tornar o caminho humano melhor? Por que ao invés de ficar nessa crise você não agiu?
Depois de questionado por aquele jovem que parecia um mero rapaz, entendi uma parte do sentido da minha vida, agradeci a ele, derrubei os bandidos e fiz a linha do tempo voltar a girar. Após esse breve dialogo, me teletransportei para um monte próximo e pelo resto daquele dia fiquei aguardando ser levado para um novo tempo.

Primeira viagem.



Capítulo – 1. Caça aos dragões.
Essa história é uma tentativa de unir duas de minhas paixões: Heróis e dragões num único texto, espero que gostem.
Marcos Paulo Arantes Ferro.
Antes da aurora dos seres humanos, com suas belas cidades e templos, o mundo era completamente diferente do que vemos hoje. Havia dragões e outras criaturas mágicas que viviam em paz e harmonia com os seres humanos, que naquele tempo não haviam aprendido a andar muito bem e ainda caminhava encurvado em pequenos bandos e tudo corria bem.
Mas os seres humanos foram criados para dominar a Terra e carregavam consigo uma habilidade intelectual que logo veio a se demonstrar com a primeira guerra que fizeram: Os humanos limparam o mundo dos seres místicos, primeiro foram criaturas mágicas mais fracas como sátiros e ninfas, depois foram avançando para os maiores, porém um grupo de seres ainda permanecia imbatível para a espécie humana e quase foi o responsável por sua total extinção: Os dragões.
De variados tipos, tamanhos e formas essas criaturas não podiam ser caçadas e arrasavam as vilas humanas, matando a pequena população que já começava a povoar as áreas do planeta que ainda tinha somente um continente e eu fui o responsável por mudar esse panorama que poderia ter mudado o destino de toda a raça humana.
Após meu encontro com o criador na aurora dos tempos, a linha do tempo me puxou pela segunda vez e parei num lugar onde séculos mais tarde estaria erigida a bela cidade da Babilônia, onde um bando de dragões atacava um primitivo acampamento humano, em vôos rasantes eles abocanhavam mulheres e homens de diferentes idades, senti no peito uma profunda dor por toda aquela cena e pela primeira vez meu poder se manifestou.
Tudo havia parado e eu pude mover cada um daqueles seres para um lugar seguro longe do alcance dos dragões, ali naquela região os humanos e os dragões floresceram e o confronto entre as duas espécies atingiu um patamar muito elevado.
Era ali próximo na região onde hoje fica a Mesopotâmia que os dragões do mundo inteiro vinham por seus ovos e ficavam ali na região enquanto esperavam os filhotes nascerem e os humanos estavam se tornando mero alimento para aquelas bestas de fogo, confesso que na minha missão para proteger a humanidade, tornei muitos daqueles seres em fósseis fazendo os anos deles ficarem mais curtos acelerando seus relógios temporais e vendo os cair ao chão perante minha presença.
Eu posso me transportar durante o dia em que fico em cada lugar por vários quilômetros de maneira rápida, apenas rasgando o véu do tempo e entrando pelo portal e se sai no lugar em que desejo estar automaticamente e assim me movi para o lugar onde a ninhada de ovos de dragão estava e todos os dragões do mundo também.
Fui para lá disposto a acabar com aqueles seres nefastos que matavam as pessoas, porém quando tentei transformar todos os que estavam ali em pó algo saiu errado e ao invés de morrerem se tornaram cobras e uma voz falou comigo: “A você não foi dado o direito de matar todos esses seres, pois somente os humanos dominaram a Terra, assim os dragões se tornaram as serpentes que irão o homem e este lhes matará arrancando suas cabeças”.
Cai ao chão implorando a Deus misericórdia e fui levado pela linha do tempo para mais uma história consciente de que a humanidade agora não iria perecer.

Principio das histórias do Paradoxo



Introdução
A história da criação desse herói é interessante por que ela carrega uma das minhas marcas preferidas de poderes: os relativos ao tempo. Gosto de pensar em como seria legal com um pensamento você parar, retroceder e avançar as horas sem muito esforço. Por isso criei o Paradoxo, que um dos meus heróis favoritos e espero conseguir em suas histórias, passar essa paixão que tenho por ele para mais pessoas.
Marcos Paulo Arantes Ferro –

A linha do tempo é um contínuo movimentar de ações e pessoas que vem uma após a outra numa teia dinâmica que muitos denominam como linha do tempo.
Eu prefiro ver ela de outra forma, como uma membrana que envolve a frágil realidade que os humanos criaram impedindo os de ver que na verdade, tudo é complexo demais para seus instintos e sensores corporais.
Meus poderes me dão a capacidade de ir aleatoriamente para qualquer parte da história, no passado desde a era em que os homens ainda não existiam, até o futuro onde diversas realidades são mostradas, porém só fico em cada período por um dia, pois sou parte integrante da linha do tempo e por isso preciso me mover constantemente para não causar um paradoxo maior com minha presença em cada lugar, destruindo o tempo com minha presença. Eu posso também alterar o tempo e moldar a realidade ao meu bel prazer, posso tornar jovens em anciões e anciões em meros bebês.
Os humanos comuns não podem me ver, pensam em mim como destino ou algo parecido, somente os iluminados que podem ver além das aparências conseguem ver minha face.
É estranho ser um guardião sem rosto da humanidade, mas sei que o criador fez assim meus poderes para que somente eu possa proteger e não para ser adorado como um símbolo que mataria neles a fé verdadeira em Deus e na natureza.
Não lembro muitos detalhes do meu passado e de como consegui esses dons e habilidades, mas sei que meu nome antes desse evento era Ausen e eu era um professor geneticista incumbido pelo governo de criar uma arma mutagênica que pudesse dar uma vantagem para as tropas do império contra os guerrilheiros que já tinham tomado vasto território da Terra, eu consegui criar a arma, mas algo saiu terrivelmente errado e aquele composto se tornou a arma do juízo final, o fim de toda a vida na Terra.
De algum modo eu escapei e fui mandado pela linha do tempo ao princípio de tudo, onde fiquei frente a frente com Deus, o criador dos céus e da Terra, eu fiquei maravilhado pelo seu resplendor e humilhado por ver que meu corpo tinha se transformado numa aberração bem parecida com um rato e dos meus olhos saíram lágrimas, implorando perdão do fundo do meu coração e o altíssimo se apiedou de mim e me tirou a trava da minha visão permitindo que eu enxergasse a real beleza do mundo que ele fez, além disso, ele me deu um sentido para minha vida, ele me tornou seu guardião para defender e guiar a humanidade pelo caminho certo, impedindo que o futuro terminasse num caos apocalíptico, eu deveria proteger a todos continuamente, vagando pelo tempo um dia em cada era, para que pudesse ver minhas ações no tempo, eu sou um Paradoxo protetor, a última esperança da humanidade quando até os heróis caem.

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...