quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Retaliação Origens

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Retaliação Origens:

Nome original Alex Perreira
Idade atual 15 anos

Filiação: Maria Perreira ( Mãe)
        Pedro Alvidar ( Pai)

Origens:

    Filho de pais separados depois de constantes crises, Alex cresceu jogado pela casa de parentes, após sua mãe ter envolvimento com drogas e decair ao vício até não ter mais condições de cuidar dele. O pai tinha dinheiro, mas nenhum interesse na criança a quem pagou sempre a pensão mas mal sabia se estava vivo ou não, era um playboy boa pinta que considerava o garoto como um erro feito, um erro que lhe custava quase meio salário mínimo por mês! Uma quantia que no entanto não lhe importava nenhum pouco, pois era filho de político influente em Brasília e tinhas as “costas quentes”.
    Cresceu com problemas na escola e constantes idas ao conselho tutelar e aos juizados de menores, era um garoto com um pavio bem curto e um gênio altamente explosivo que muitas vezes se metia em brigas por não aguentar humilhações.
    Foi forçado desde os 10 anos de idade a trabalhar com o tio que era pedreiro para ajudar nas despesas de casa, trabalhava durante o dia e estudava na parte da manhã sendo raro os períodos para que ele tivesse infância.
    No serviço adquiriu uma considerável massa muscular que muitos acreditavam ser até mesmo fruto de anabolizantes a primeira vista, mas como o garoto nunca tinha frequentado uma academia isso logo era esquecido.
    A história desse garoto tinha tudo para acabar em superação com ele aprendendo uma profissão e se tornando um adulto melhor, mas aos 12 anos ele pegou o avô abusando da prima em flagrante pois tinha voltado mais cedo do trabalho, enraivecido pelo ato atacou o senhor de mais de 80 anos com uma ira desmedida e só foi contido quando populares vieram em socorro do idoso, mas estes logo viram a menina nua na cama do aposentado e lincharam ele.
    A família no entanto não acreditou nele e denunciaram o para a polícia, onde foi encarcerado junto com adultos normalmente! Na delegacia um preso tentou abusar dele e recebeu um castigo severo, o garoto quebrou com as mãos um pedaço da cama feita de cimento e bateu na cabeça do outro detido até não sobrar muito do rosto do outro para contar a história, os outros presos ficaram quietos assistindo a cena sem interferir, afinal não era todo dia que um garoto espanca um homem de quarenta e poucos anos.
    Os olhos do garoto pareciam possuídos por uma loucura, uma insanidade tão profunda e simples que quando jogaram ele na solitária até o juiz decidir o que seria feito dele, parecia estar sorrindo como se lhes tivessem contado uma piada bastante engraçada! Na verdade a mente dele em choque ainda pela cena presenciada viu no outro preso uma imagem do avô a quem tinha espancado e no seu consciente ele matou novamente aquele idoso “safado”.
    Após ler o inquérito sobre o caso e os relatos dos psicólogos mandados a delegacia para avaliar a saúde mental, o juiz decidiu manda - lo para uma manicômio por tempo indeterminado até que se recuperasse mentalmente e pudesse voltar ao convívio social.
    No entanto no  manicômio não havia distinção entre os tipos de doentes e muitos pervertidos sexuais estavam na mesma ala que assassinos seriais, loucos, dementes de todos os gêneros, um local que parecia mais um depósito do que uma unidade de tratamento.
    Tudo corria bem, ele estava tomando os remédios e tinha até mesmo voltado a estudar, aquele primeiro mês tinha sido tão tranquilo que os psiquiatras avaliavam até em reavaliar o caso dele.
    No entanto num dia enquanto estava no pátio lendo Maquiavel, escutou dois enfermeiros falando:
_ Detesto tratar daqueles tarados do quarto 9
_ Tenho nojo daqueles caras, viu os prontuários deles? Cambada de animais sujos!

     Aquilo ativou nele uma raiva profunda, precisava saber quem eram aqueles caras, ele iria mata - los! Conseguir as fichas não foi difícil! A secretária tinha um caso com o chefe do hospital e várias vezes por dia os dois saiam para encontros mais íntimos e ela sempre deixava sua sala onde estavam os arquivos aberta, escancarada na verdade!
    Ele viu cada uma das fichas, que estavam divididas por doença, em pastas  dentro das gavetas, até chegar aos doentes sexuais, maníacos e tarados que estavam ali por terem cometido pedofilia, estupro entre outros crimes!
    Pegou a ficha de cada um deles e colocou dentro do livro que estava lendo tomando cuidado para dobra - las bem, não deixando espaço para desconfiarem de nada.
    Teria pouco tempo até que descobrissem seu roubo, mas nesse pouco tempo iria fazer sangrar aqueles porcos!
    Eram um total de 12 nomes que estavam ali, todos com perturbações graves e crimes hediondos, os dois primeiros morreram quando uma escada de metal sem querer caiu em cima deles enquanto trabalhavam no jardim durante a manhã, a escada foi lançada por ele do segundo andar prédio e atingiu aos dois que estavam em fila carregando um pesado tronco de árvore podre que haviam cortado dos fundos do estabelecimento!
    Outros quatro faziam parte da cozinha, e morreram queimados quando alguém trancou as portas, cortou as mangueiras dos botijões e jogou um isqueiro aceso dentro do lugar por um dos tubos de ventilação.
    Uma investigação foi feita e começou se a fazer perguntas, no entanto a polícia não encontrou nada e os parentes das vítimas eram pessoas pobres no geral e aqueles que tinham algum dinheiro não tinham o mínimo interesse pelos parentes ali internados por considerarem os problemáticos demais!
    Os últimos seis que ainda faltavam foram envenenados durante o café da manhã, Alex tinha tido acesso a cozinha antes de prepararem as refeições e tinha misturado nas garrafas de café uma dose poderosa de anestésico que tinha roubado do estoque após enganar o vigia que ficava na porta com uma falsa comunicação de incêndio durante a noite!
    O hospital inteiro apagou em questão de minutos, a dose fora muito forte e apenas alguns poucos funcionários permanecerão parcialmente acordados, ele pegou as fichas e foi indo em cada um dos internos que batia com a feição descrita no relatório médico e atingiu os com um golpe de faca na altura do coração, causando a morte dos indivíduos quase automaticamente.
    Depois disso pegou alguns livros, roupas e algum dinheiro roubado dos funcionários, ateou fogo nos colchões e deu o fora do lugar pulando pelos fundos e pegando a moto de um dos vigias que estava estacionada, havia roubado a chave antes de sair.
    Os internos no hospital que estavam dopados mal tiveram tempo de reagir e a fumaça mais o fogo acabou matando todos os internos do lugar, incluindo alguns membros da equipe médica, o incêndio acabou atingindo os prédios anexos e tudo foi consumido pelas chamas.
   
    Ele fugiu do hospital e começou a trabalhar numa fazenda longe da cidade como peão, sabia do que tinha feito mas não sentia culpa, a fazenda era administrada por um velhinha inocente que mal assistia jornal devido a catarata avançada e sua neta que era veterinária e passava quase o dia todo fora, ele tinha saído para o interior e ia poucas vezes a cidade, apesar de só ter quinze anos todos acreditavam ser ele já um jovem de quase trinta devido a constituição física forte e a barba grossa que tinha deixado crescer no rosto.
    Certo dia um grupo de ladrões de gado tentou assaltar a fazenda, eles chegaram enquanto ele ainda estava almoçando e quando entraram na sede para render a todos ali dentro, se depararam com ele na mesa enquanto a senhora ao ouvir os gritos de assalto começou a passar mal do coração.
    Ao ver uma das poucas pessoas que o tratava como gente morrendo ali na sua frente ele entrou em fúria e mesmo os bandidos estando armados ele partiu para cima atacando os com uma faca que estava nas mãos, era um ato insano, mas que acabou surgindo algum efeito por não ser esperado pelos criminosos, ele pulou na garganta do primeiro acertando a cabeça dele com a faca que enterrou no meio do cérebro de onde saiu um filete de sangue, pegou a arma do bandido, pulou para trás recebendo um disparo de pistola do que parecia ser o líder do bando enquanto os outros estavam a distância ateando gasolina na casa, dos seis quatro foram abatidos e dois fugiram, no entanto ele recebeu dois disparos na coxa, um no ombro, uma bala atravessou a garganta destruindo suas cordas vocais e o último disparo lhe acertou na cabeça, apagando a memória dele completamente e afetando os hormônios relativos a raiva que ficaram desregulados.
     A filha da senhora encontrou sua mãe e o funcionário ainda na posição que tinham sido deixados, a senhora estava entre a vida e a morte, suspirando palavras de alegria por ter contratado aquele salvador, enquanto o rapaz estava estirado na entrada da sede com vários ferimentos pelo corpo ao lado dele estavam vários corpos de meliantes que pareciam estar mortos também.
    Ela levou a senhora e ele para o hospital, onde ficou constatada a morte da idosa e os danos causados pela bala ao cérebro, não se sabia se aquele homem poderia voltar a andar ou se ele ainda seria capaz de pensar por si mesmo não ficando em estado vegetativo.
    O tempo passou e ele ficou em coma induzido pois toda vez que acordava atacava qualquer um que visse na frente, os ferimentos não tinham impedido de andar no entanto sua voz estava para sempre perdida.
    A filha da fazendeira no entanto não se lembrava de tê - lo ouvido falar, talvez só uma vez tenha visto ele dizer algo quando veio pedir emprego, mas só também!
    Não tinha documentos, não tinha passado e sua avô chamava ele apenas de peão! Nĩnguém sabia nada sobre ele e no entanto todos na casa pareciam gostar do modo secreto que ele agia e pelo respeito que demonstrava frente ao trabalho e a sua mãe em particular.
    Ela ficou intrigada com aquilo, mas logo deixou para lá, estava para casar e não podia esperar, no entanto no dia do casamento na hora que o sim estava dando no altar, ele deu um grito no hospital, um urro feroz, não parecia mais humano, os seguranças e os enfermeiros tentarão seda - lo novamente mas ele jogou dois deles pela janela do terceiro andar e pulou por esta também, agarrando se como um macaco na bandeira hasteada dois andares abaixo, caindo em cima de um caminhão de lixo que estava ali recolhendo o lixo hospitalar.
     Naquele hospital estava sendo desenvolvido um estudo veterinário sobre o genoma de alguns macacos da região que pareciam estar agindo diferentes, tentando criar uma vacina para essas alterações que consideravam ser doenças, mas logo descartou se essas hipótese e o material coletado assim como o protótipo da vacina foram descartados no lixo e quando Alex caiu em cima do caminhão um dos sacos onde estava armazenado alguns tubos de ensaio descartados estava por cima do monte de lixo e com o peso do impacto ele se feriu durante a queda, cortando os braços naquele vidro, onde entrou a vacina ainda não testada e os compostos foram direto para o cérebro dele, dando ao rapaz uma capacidade reativa igual as de um macaco, força equivalente e agilidade.
    No entanto o composto químico foi aos poucos alterando as reações entre os neurônios retirando a parte utilizada para a fala e aumentando as partes cerebrais responsáveis pelos demais sentidos, assim nas próximas semanas após a fuga ele conseguiu uma ampliação sensorial incrível, um incremento de força, agilidade muito acima de um humano convencional, no entanto sua mente estava se animalizando e a cada dia se lembrava menos de como era ser humano, fugindo para a floresta, chegou no meio da mata após algumas semanas fugindo da cidade e sendo procurado por todos, dormiu em telhados e copas de árvores tal como um bicho até que chegou numa pequena reserva indígena, onde presenciou um grupo de caçadores com uma criança bebê posta numa jaula e um velho homem que estava nu e carregava em volta do pescoço uma corda e logo seria amarrado num árvore qualquer.
    Os caçadores estavam em guerra contra os índios e estavam exterminando todos eles para que assim aquelas terras passassem as mãos dos fazendeiros de maneira legal. Agentes do exército e da polícia tinham sido mandados para o local, mas eram rastreados e aonde eles estavam não aparecia ninguém, Enquanto em outro ponto alguma aldeia estava sendo massacrada.
    Aquele garoto mais primata do que humano viu a menininha ser embarcada numa lancha no rio enquanto outros homens se divertiam queimando aquele velho com cigarros, ver aquilo fez ele ficar nervoso e num gesto pulou em cima dos dois com um galho nas mãos e antes que tivessem chance de pegar nas armas os dois já estavam caídos no chão! Tinham recebido golpes tão fortes que a madeira do galho arrancado as pressas que era grossa se partiu e os dois cairão ao chão sem terem chance de usar seus armamentos, os outros na lancha fugiram e para torturar o velho, degolaram a menina e jogaram o corpo no rio!
    A tribo daquele pajé tinha sido morta e sua neta estava no fundo do rio, estar vivo não era nenhuma vantagem nesse caso!
    Aquele macaco era o responsável por aquilo! tentou atacar ao que ele pensava ser um animal quando um espírito dos antepassados apareceu em sua frente e lhe mostrou a história do garoto e ele se impressionou com tudo aquilo!
    Ele não tinha mais um lugar para onde ir, mas ao ver aquele garoto sabia que de algum modo a mãe natureza tinha nele o seu guerreiro, o seu protetor!
    Foi guiando o pelas matas até um lugar sagrado, um lugar onde o céu e a terra se encontravam, levou ele até uma das muitas entradas conhecidas para o Eldorado, um lugar fantástico onde vivem em paz todos os tipos de criaturas, veio implorar ajuda a tupã um Deus antigo e muito impetuoso que no entanto não dá bençãos sem sacrifícios e como o pobre ancião não tinha nada a oferecer foi mandado que fosse embora, os guardas tentaram retirar lhe dali no entanto Alex bateu no peito e atacou os guardas do palácio, chegando até mesmo a matar dois deles!
    Uma atitude de desafio no palácio requer a devida punição no entanto antes que Tupã soltasse nele um raio de fúria o ancião entrou na frente e teve sua alma e seu corpo queimados por toda a eternidade.
    O sacrifício de sua alma comoveu a bela Jaci, deusa da lua que chegou próximo ao menino Alex e chorou vendo lhe toda sua vida; O choro da lua quando toca em alguém dá poderes, mas traz a tristeza eterna e assim o garoto se tornou retaliação, a vingança da mãe terra, foi lhe devolvida a racionalidade e a voz, no entanto somente aqueles que tivessem o coração limpo de todas as maldades poderiam escutar lhe a voz e serem por ele respondidos.
    Ele se tornou a vingança dos céus, o emissário da morte de Tupã para os destruidores da natureza, um ser dotado de sentidos animais e força sobre - humana que conhecia a magia das árvores para poder vencer o poder do fogo!
     Era hora das orações dos antigos fiéis serem ouvidas, Tupã iria trazer a justiça e de um coração raivoso iria sair a luz que semearia a paz!

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...