segunda-feira, 20 de abril de 2015

O Hotel da Morte: Capítulo 4 – A casa dos Oráculos! O limite entre o sonho e a realidade.



Ela saiu do quarto e olhou para os dois lados ao abrir a porta, sua bolsa estava em cima da cama, todos os itens tinham sido retirados e organizados de uma maneira totalmente metódica novamente.
Tudo ali era irreal demais mas ela seguiu vendo cada porta de um estilo diferente, algumas eram de prata, outras eram de bronze, outras eram de madeira fina e outras fediam a enxofre, haviam também vários outros tipos e entre cada uma das portas, havia um espelho, alguns emitiam sons, outros brilhavam de maneira tentadora, quando chegava na frente deles, ela fechava os olhos, e estava conseguindo chegar até o banheiro quando ela passou de frente a porta do adivinho e não resistiu a olhar para dentro do espelho.
Do outro lado ela viu uma mulher envolta em faixas que olhou dentro da alma de Luanna, avaliou cada pensamento dela e depois disse:
_ O legado há muito perdido, será reencontrado. A humanidade mais uma vez ficará nas mãos daquela que carrega a arma sagrada.
Naquele instante um anãozinho empurrou a e saiu correndo de volta para a entrada, ela ficou sem entender o que aquele ser queria lhe dizer, havia mais alguma coisa na mensagem, mas a interrupção tinha impedido a de saber tudo, mas de algum modo aquela frase ouvida ali e o modo como ela fora invadida por aquela criatura lhe amedrontaram e ela seguiu até o banheiro, onde ao entrar quase ficou cega, tudo ali era de ouro maciço, as torneiras se abriam ao menor toque, o chuveiro estava na temperatura que ela mais gostava e de algum lugar ela ouviu uma sinfonia apaixonada de Mozart e sua mente foi pouco a pouco relaxando, quase dormiu novamente, mas a música parou e ela novamente acordou mais energizada, porém com o estômago fundo de fome.
Ela vestiu as roupas e uma veste igual a de uma sacerdotisa tinha sido lhe dada, era um vestido com um capuz, feito com fio de ouro e de um tecido do vestido com uma brancura luminosa, com detalhes nas barras que pareciam mudar de cor a cada olhar.
Ela vestiu a roupa e pegou um pequeno embrulho que estava enrolado dentro do vestido, um saquinho de couro que continha uma gargantilha, linda de ouro envelhecido que tinha um símbolo estranho uma serpente enrolada em um arco, ela colocou aquela joia em seu pescoço, penteu os cabelos, e saiu dali pela porta, mas agora o corredor de onde ela tinha vindo, não existia mais, no seu lugar agora havia uma escadaria que levava muito acima do céu e antes que ela pisasse o primeiro degrau um cavalo alado desceu dos céus em um rasante e usando telecinese a colocou sobre seu dorso e voaram até os mais altos céus, ela estava impressionada demais com a beleza de cada construção que havia ali, não entendia tudo o que estava acontecendo, e de algum modo quanto mais ia avançando, memórias iam aparecendo em sua mente.
De algum modo ia passando na sua mente, acontecimentos ocorridos há muito tempo atrás, guerras lutadas entre humanos e monstros, há muito tempo atrás, as memórias iam avançando e uma dor profunda em sua mente ia tomando intensidade, o cavalo ia voando para o alto e ela nem mais prestava atenção, segurou firme na crina e fechou os olhos enquanto lembrava de detalhes, de algum modo, ela sabia que aquelas lembranças tinha algo haver com a joia, a mente dela foi acomodando aquelas informações enquanto o passado dela própria estava se dissolvendo, sua última lembrança antes do cavalo parar e ela descer foi de uma antiga feiticeira na época da inquisição que fugia com uma criança nos braços em meio a uma floresta muito antiga, de algum modo, ela sabia que aquela criança era sua antepassada, de algum modo ela sabia que aquela cena tinha algo haver com suas duas condições, mas não soube ver como tinha sido o fim da cena.
O cavalo desceu num chão de nuvens e usando sua telecinese a retirou de seu lombo de uma maneira delicada e no instante em que ela pisou os pés no chão, se viu diante de um portão imenso, gigantesco, e parado a frente daquela monumental obra, um gigante vestido para a batalha com duas cabeças e olhos a vasculhar todas as direções.
Quando as duas cabeças fixaram se em sua direção, um alarido se ouviu:
_ Os deuses lhe aguardam semi deusa, seja bem vinda ao lar e abriu se os portões e ele com dois passos chegou até ela e carregando a nas mãos levou até outra escada e de lá voltou a sua posição.
Ela estava cansada mas novamente começou a subir as escadas mas dessa vez a cada vinte degraus havia um prédio, ela parou em frente ao primeiro lance de escadas e de uma nuvem apareceu um Deus muito antigo, seu nome é Morfeu e ele se sentou num dos degraus e começou a dizer:
_ Você pensa que está sonhando?
_ Enquanto criança, você via coisas que ninguém acreditava?
_ Quando você esteve na minha casa, olhou para dentro do oráculo e aquela frase ainda está dentro da sua mente?
Ele terminou de dizer essas perguntas e ficou sentado com os olhos fechados, Luanna parecia não entender mais nada, passaram se alguns minutos na mais profundo silêncio até que ela tomou coragem e perguntou:
_ Quem é você?
_ Você já me conhece há muito tempo, Nêmesis!
_ Como? Eu não me chamo assim? Está enganado a meu respeito?
_ Estou? Então deixe me lhe contar uma história:

O Hotel da Morte: Capítulo 3 Caçada urbana



Aquela noite tinha sido horrivelmente cansativa, ela não tinha sequer tido ânimo ao entrar em sua casa, fechou somente a porta e se deitou ali mesmo no sofá, as lágrimas que até então estavam seguras se soltaram de uma maneira profunda.
Ela não se lembrava de quanto tinha dormido, mas ao acordar viu uma das janelas de sua casa tinha sido retirada da parede e em cima de um banquinho tinha uma munição e duas cartas e um papel com um aviso:
_ Se eu quisesse te matar, ninguém acharia nem seu rastro!
Ficou assustada com aquelas palavras e abriu as cartas rasgando os envelopes e o conteúdo que havia ali dentro a deixou atemorizada.
Eram provas do ocorrido, rapidamente pegou sua bolsa e colocou os papéis lá dentro e quando se preparava para sair, os policiais estouram a porta da sua casa, carregam um mandado de prisão contra ela, no entanto antes que eles pudessem pega – lá, ela salta pelo buraco na janela e saiu correndo ainda com a roupa do dia anterior pelas ruas e conseguiu se esquivar das forças especiais que tinham sido mandadas em sua busca, por sorte sua arma e algumas caixas de munição estavam dentro de sua bolsa e ela estava disposta a resistir custe o que custar para poder mostrar a verdade por trás daqueles fatos, ela estava ofegante e a roupa estava molhada de suor quando seu celular tocou dentro da bolsa.
Ela abriu a bolsa, pegou o celular e tinha na tela um número desconhecido, atendeu e uma voz sepulcral lhe disse:
_ Você agora entendeu que não sou eu o inimigo não é? Kkkkk, se quiser sobreviver agora vai ter que seguir minhas ordens, até o momento certo, te ligarei nesse celular daqui a duas horas, agora siga até a estação central de trens no lado oeste, evite carros!
E desligou, rapidamente ela recolocou o celular na bolsa e saiu até a estação, não tinha ideia do que estava acontecendo, mas sabia que precisava encontrar essa estranha voz para poder limpar seu nome.
Ela caminhava rapidamente, evitando as principais avenidas, sempre que via viaturas patrulhando a cidade, virava o rosto rapidamente, se escondia ou disfarçava, sua cabeça estava confusa, como ela tinha se tornado uma criminosa em tão pouco tempo.
Quando ela teve que parar em uma banca de jornal para disfarçar se de uma patrulha que passou na rua, e viu na primeira página uma manchete:
_ Policial é responsável pela morte de sessenta vítimas no Grand Hotel Estrela D'alva.
Ela comprou o jornal com uma nota de cinco reais e nem esperou pelo troco, saindo dali rapidamente, seu corpo todo doía, mas ela precisava correr, faltavam apenas alguns minutos para a nova ligação e ela chegou bem em cima da hora na estação, o telefone tocou no exato momento em que ela chegou ali, mas antes que ela atendesse um policial a abordou e ela saiu correndo com todas as forças e entrou num trem que partia, conseguindo escapar,a ligação caiu mas instantes depois a voz ligou novamente:
_ Fez bem em se livrar do policial, na próxima parada saia do trem e vá até uma pensão ao lado da estação, lá você terá novas instruções, o nome da pensão é a casa dos Oráculos, diga que você quer ver até onde a toca do coelho dá! E desligou novamente.
Já tinha passado das duas da tarde e os trens estavam vazios, ela aproveitou o tempo extra para respirar fundo e quando seu corpo deu uma relaxada após alguns minutos, a adrenalina diminuiu e ela então sentiu a fraqueza de quem não tinha comido nada durante o dia todo e a fraqueza foi tomando sua mente e seu corpo só com muito custo conseguiu sair do trem no momento certo.
Ela deu muita sorte, pois as viaturas mandadas em sua perseguição tinham ficado presas no trânsito e chegaram somente quando o trem já tinha partido e ela já estava entrando numa loja de artefatos místicos, que havia ali nas proximidades conhecida como a casa dos Oráculos e ao dizer que queria ver até onde a toca do coelho dá, foi amparada por um anãozinho que a levou para um quarto espaçoso com móveis de época medieval e vários quadros nas paredes que compunham um cenário muito parecido com os quartos onde as princesas viviam nas histórias e contos de fadas.
Se arrastou até a cama e dormiu por tempo demais, estava fraca e muito cansada para entender o por que de toda essa confusão e o por que as pessoas estarem na caçando depois que ela recebeu aqueles documentos, sua mente delirava lembrando se do pai que havia morrendo a tempos atrás enquanto perseguia um maníaco sexual nas selvas da Amazônia, acordou tempos depois e viu num criado mudo, roupas, e materiais para um banho e um bilhete dizendo, o banheiro é no fim do corredor, e um PS no final: Não olhe nos espelhos.

Sons da noite

Caminhar a noite é uma experiência que sempre fascina. Os sons a noite são mais aguçados. É como se a ausência de luz tornasse tudo mais son...