Nada naquela manhã era igual.
Meus sentidos estavam excitados. A vida saía de mim aos poucos.
Eu ali naquele quarto sujo em frente a uma janela.
Meus braços doíam das amarras que me mantinham a cama, há poucos passos de um poderoso explosivo.
Me debati por horas tentando me soltar. Gritei pedindo socorro. E a cada minuto da contagem que passava meu desespero aumentava.
Ao meio dia eu seria um homem morto.
Eu lutava contra o medo. A adrenalina era a única coisa que me mantinha de pé.
O ar entrava em meus pulmões queimando.
A dor por todo corpo era torturante.
Ninguém para me ajudar. Sem saída.
Mas eu ainda tinha o sol. Somente o sol.
Seu brilho quase me cegava.
Não sei quando eu apaguei. Acordei deitado no sofá da minha casa.
Na televisão passava uma notícia urgente: Uma bomba tinha explodido em um galpão usado por traficantes de pessoas.
Centenas de imigrantes ilegais que eram escravos foram mortos na hora.
A polícia federal foi acionada e o caso era tratado como terrorismo.
Ao saber de todo acontecido me levantei num sobressalto e na mesma hora meus pulsos e tornozelos doeram muito.
E quando eu olhei neles havia marcas profundas de amarras.
O que aconteceu comigo? Como eu fui salvo? Tantas perguntas e nenhuma resposta.
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Como me salvei?
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