quinta-feira, 24 de julho de 2014

Um crime com ligações



Essa história é um sonho meu de criar histórias policiais brasileiras, afinal material violento para boas ficções temos aos montes na imprensa.
A trama terá muitas ramificações e entrará em debates polêmicos e em suposições perigosas, só aviso que aqui não irei citar nenhum nome real ou lugar real, é mera ficção sem sentido de ofender a ninguém.
Marcos Paulo Arantes Ferro.

Capítulo 1 – Estrada em chamas
Um caminhão seguia por uma rodovia a beira mar, dentro carregava uma carga de bens apreendidos da casa de um grande traficante que num confronto contra a polícia militar foi morto em Santos, onde tinha sua base logística para transporte das drogas.
A carga era escoltada por quatro viaturas que vinha atrás fazendo a escolta até a cidade de São Paulo onde iria ser leiloada para recuperarem os prejuízos causados por aquele criminoso ao estado, porém num determinado ponto subindo a serra do mar, a pista estava cheia de carros parados nos dois sentidos, o caminhão parou e das viaturas que estavam na escolta, doze policiais desceram e foram até os carros e perceberam que os mais de dez veículos ali parados estavam cheios de moscas e quando usaram as lanternas para ver o que teria ali dentro ficaram espantados ao perceber que todos os ocupantes estavam mortos e que em cada carro havia um enorme número de artefatos explosivos e que o chão estava molhado de gasolina.
Os homens e mulheres que compunham a escolta foram explodidos quando as bombas foram acionadas remotamente e seus corpos foram carbonizados, a carga também acabou pegando fogo quando as chamas dos carros se espalharam e o veículos quando foram encontrados eram somente pedaços grandes de metal retorcido e só havia a beira da pista dois corpos inteiros, do motorista e de seu ajudante que pareciam ter tentado correr e foram metralhados pelos criminosos com mais de cinqüenta tiros de diferentes calibres.
O fogo subiu muito alto e a imprensa logo chegou ao local, juntamente com vários curiosos que filmavam e tiravam fotos de toda catástrofe, impedindo os bombeiros e a policia de chegarem no local, assim somente três horas depois do acontecido quando o sol da manhã já estava alto pude chegar aquele local, juntamente com os bombeiros e os homens da perícia, mas a cena havia sido totalmente violada e seria difícil encontrar algo no meio daquele caos de pegadas e digitais que a cena tinha se tornado.
Eu sou o delegado especial da divisão de homicídios e estava de plantão quando a cena ocorreu na cidade de Santos e logo soube do acontecido me dirigi para o lugar, mas acabei ficando preso no congestionamento na rodovia que levava a cena onde todos estavam parados tirando fotos e filmando a cena.
Minha primeira ordem foi isolar a área por duas horas para os peritos terem tempo de trabalhar, e sai por ali para ver se achava pistas sobre o ocorrido e logo elas apareceram, quando me afastei alguns passos atrás dos carros e vi um monte de cápsulas deflagradas ao longo do chão da pista e um monte de cinzas do que me pareceu ser um charuto, peguei todas aquelas provas e coloquei dentro de sacos para serem analisadas no laboratório.
Os peritos terminaram sua busca por pistas duas horas depois e a pista foi normalizada e o congestionamento de mais de duzentos quilômetros pouco a pouco foi normalizado nos dois sentidos e assim pude voltar a delegacia, onde esperava poder comer algo, pois ainda não tinha me alimentado e precisava repor as energias enquanto refletia melhor sobre o que tinha visto ali na rodovia.

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