sexta-feira, 25 de julho de 2014

Um encontro com Sócrates.



Capitulo 4 – Segunda viagem.
Um breve encontro entre o Paradoxo e o pai da filosofia ocidental, o mestre Sócrates numa conversa que geraria um termo até hoje bastante discutido da filosofia socrática. Essa idéia para a história surge num momento de introspecção meu e espero que agrade a todos.
Marcos Paulo Arantes Ferro -
Depois da minha aventura entre os dragões na pré - história, fui mandado para a Grécia na época de Sócrates, uma cidade governada por homens da retórica e em todo lugar podia se enxergar a vida e o pensamento florescendo, no entanto não pude deixar de notar que mesmo em meio aquele ambiente de idéias correntes ainda existiam práticas de escravidão e um preconceito profundo das pessoas por estrangeiros e por pobres.
Caminhando por aquela bela cidade, vi um contraste entre pobres e ricos e um homem que caminhava, chamando a todos a pensar livremente. Um dos meus poderes ao viajar no tempo é o conhecimento que aprendo do idioma onde estou e assim pude perceber que ele chamava as pessoas a pensar, a mostrar a luz do dia suas idéias, sua habilidade em demonstrar pré – conceitos e visões distorcidas nas opiniões dos outros se refletiam na forma como em poucas frases conseguia desconstruir o pensamento.
Com um jeito simples que mais lembrava um mendigo do que um homem de erudição com suas palavras ele causava as mais diversas reações, analisando aquela vida e ouvindo suas constatações fiquei profundamente tocado pela fala lógica e profunda daquele homem e me sentei mais afastado dos outros e fiquei ouvindo, ele falar por longas horas junto com muitos outros que pareciam prestar atenção a cada letra dita por aquele sábio homem.
A noite chegou e logo estaria na minha hora de partir, mas antes resolvi aparecer para aquele homem e talvez tenha ali criado a raiz de toda filosofia ocidental, somente pelo desejo de lhe agradecer pelos ensinamentos a mim passados
Todos os seguidores já tinham ido dormir, era por volta das oito da noite e eu parei o tempo a volta dele que estava a contemplar a lua, pensando provavelmente em mais questões sobre o mundo que o cercava.
Quando se deu conta da minha presença me olhou espantado exclamando que estava diante de um daemon, mas logo se acalmou e ficou me olhando interessado em saber o que eu era:
Sou do tempo, um viajante, um demônio de aparência que veio lhe agradecer pelas breves e profundas lições que você pode me ensinar, faça isso para mais pessoas, seu amor pela sabedoria será uma benção para a humanidade.
Como você sabe Daemon que eu serei lembrado? Ele disse me olhando com um brilho no olhar tão grande que fiquei comovido.
“Todo aquele que cultiva a sabedoria, será lembrado na memória de muitos e nunca morrerá” E na hora que terminei essas palavras, o portal se abriu para outro tempo e uma nova história se abriu para mim.
Sai daquela cidade e só muito depois fui descobrir estar diante do pai da filosofia ocidental e que meu agradecimento acabaria sendo lembrado e acabei me imortalizando como o Daemon divino de Sócrates que muitos, nos dias de você caro leitor ainda discutem para saber a origem.

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