Capitulo 5 – Reflexão
Uma história na sequência do
encontro com Sócrates onde uma reflexão me veio a mente sobre a questão da
Avareza X Caridade, espero que gostem da história e obrigado a todos que
acompanham o blog.
Após esse meu encontro com o
mestre da filosofia, acabei indo parar na Inglaterra do período da revolução
industrial, um lugar que a palavra modernidade era usada todo momento. As
pessoas trabalhavam em fábricas, mulheres, crianças todos em espaços apertados,
numa atmosfera que os mataria rapidamente.
Caminhando por Londres uma cena me
chamou minha atenção: Um homem que a idade parecia já ter alcançado, vestido de
maneira opulenta deu algumas moedas para um mendigo sentado a porta de uma
igreja e saiu resmungando pelos poucos trocados que havia gasto, montou em sua
carruagem e rudemente mandou o cocheiro partir e saiu a toda velocidade pelas
ruas da cidade.
Enquanto na igreja o mendigo pegou
uma parte das moedas e se dirigiu a uma caixinha de madeira deixada ali na
porta, para arrecadar doações para a sopa dos necessitados e colocou ali sua
moeda e voltou para seu lugar feliz e quando um cachorro de rua se sentou ao
seu lado, ele lhe fez um carinho e dividiu com ele um cobertor velho em que
estava se protegendo do frio que ali estava fazendo.
Sentei próximo a ele e vi a mesma
cena se repetir, homens e mulheres saiam da porta da igreja e davam lhe algumas
moedas e ele dividia seu ganho com a caixinha da igreja, por fim ao final do
dia quando o sacerdote já estava fechando ele entrou no templo já vazio, se
ajoelhou agradecendo a Deus por um dia em que ele pode ajudar tantas vezes aos
que estavam na mesma condição de miséria que ele e foi para os fundos do templo
receber um pouco de sopa, feliz e após receber o prato das mãos de uma senhora
já de idade, voltou ao seu lugar e antes que fosse recolhida a caixinha
resolveu entregar todo o resto de moedas que ganhará e foi se deitar ali mesmo
na frente da igreja ao lado da igreja, enfrentando o frio.
Por que todos os que deram míseros
trocados pareciam tão penosos em distribuir um pouco de sua riqueza para ele?
Por que quem mais tem é tão mesquinho em ajudar? Enquanto que aquele homem
mesmo não tendo nada, soube ser generoso para quem lhe estendeu a mão.
Sai dali com a noite alta e fui
caminhar pensando que talvez, a caridade é algo que somente as pessoas que menos
tem saibam ser e nesse ínterim cheguei defronte ao Rio Tamisa que cheirava como
um morto e fiquei pensando sobre como a vida parecia desigual, mas agradeci a
Deus por ainda terem pessoas boas e nesse instante fui sugado para o portal.
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