sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Morte e dor
A cruzada de Frederico tinha sido um fracasso, os muçulmanos estavam recuperando os territórios e o destino do exército da cristandade parecia selado nas portas de Acre.
No meio de um clima de medo e fé, todos pareciam absortos perante o poder de um exército que tinha dizimado as tropas em Jerusalém, a igreja da cidade estava lotada de todos aqueles que não podiam lutar e que rezavam a Deus pedindo algum auxílio, pedindo alguma ajuda.
Os soldados no entanto estavam vigiando os muros em torno da cidade ou bêbados na única taberna que dentro de poucas horas estaria sem álcool e foi nesse momento que um grupo de homens liderados por Borhs Sagi, um guerreiro normando que se vestia com a cruz negra dos hospitalários.
Eles entraram na igreja e profanaram o lugar buscando bebidas e movidos pela luxúria do álcool atacaram mulheres e crianças numa orgia que não pode ser medida em palavras, o terror de todos frente aquela horda bêbada que gritava palavrões e misérias com ódio em suas faces.
Serviam a Deus, mas ele do alto dos céus olhava aqueles imundos com tanto nojo que permitiu uma tempestade no meio do deserto, uma nuvem de poeira que prenunciava a morte.
Agora eles não tinham a menor chance, os exércitos do inimigo chegariam e não se poderia preparar nenhuma defesa.
Os mais espertos percebendo da situação e vendo a morte daqueles homens que atacarão a igreja fugiram dali preferindo encarar a areia e o exército dos infiéis do que permanecer ali sob o julgo do inimigo mais poderoso: O medo! Dentro da cidade, numa fogueira que ardia como o inferno, suas almas eram condenadas por um padre que berrava histericamente maldições em latim, palavras que enchiam até o ar de medo!
A manhã trouxe o sol, forte e profundo, no meio da cidade os corpos ardiam, ossos limpos sem carne alguma, ainda amarrados no poste como se servissem de um presságio para aquilo que o futuro lhes reservará.
Naquela noite os cavalos do Sultão chegaram e as muralhas com poucos defensores foram logo vitimadas pelo fogo das catapultas, o exército do Islã entrou na cidade! A parede de escudos adversária era muito menor, foram cercados pela cavalaria e o fim foi trágico! A cidade foi destruída e numa noite todos foram mortos, dez mil pessoas entre soldados e civis foram trucidados, tudo foi devastado, as mulheres foram feitas como escravas, as feias foram estupradas e mortas, e na verdade a falta de beleza só lhes serviu como uma forma de findar o tormento de uma maneira mais rápida e indolor por que as que tinham esse atributo, que foram levadas para uma vida de escravidão e tortura.
Os velhos servirão de poste para o tiro com arco, crianças foram tiradas de suas mães e morreram a golpes de espada, padres foram queimados e os corpos enterrados em cova profunda na areia do deserto.
Todos os símbolos cristãos tinham sido queimados e a cidade agora não tinha mais uma igreja mas sim uma mesquita e assim a derrota dos cruzados estava tomando ares muito maiores e perder era algo que resultava na morte! Entendam não é uma história bonita, mas a realidade é uma senhora sábia que tem cara de um monstro que sangra entre os dentes mastigando os mais fracos e debilitados!
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