Na rua 34 havia um antigo complexo de pesquisas fechado após um incêndio anos atrás.
Os moradores próximos desde então escutavam passos, gritos, gemidos e viam luzes todas as noites.
A polícia era chamada mas nada era encontrado.
O local virou a lenda da cidade e um grupo de garotos resolveu apostar quem teria coragem de dormir ali dentro.
João, o mais corajoso topou a aposta. Iria ganhar 500 reais ao todo na segunda feira.
Os pais do rapaz não suspeitaram de nada. Ele disse que iria passar a noite com sua avó.
Chegou no local as cinco da tarde. Pulou o muro e seguiu. Com uma barra de ferro arrombou o cadeado e entrou.
O cheiro de podridão era forte. Logo não aguentou aquele odor terrível e putrefo e vomitou e quando se abaixou viu a cabeça de um mendigo dez passos a direita.
Era um senhor que tinha passado por ele várias vezes catando lixo. Rapidamente tentou correr, mas as pernas travaram. Um tentáculo horrível o prendeu.
Ele ainda carregava a barra de ferro e num golpe desesperado acertou o que chamou de monstro.
A criatura soltou o por alguns instantes dando o tempo necessário para ele correr.
O rapaz ainda carrega na altura dos quadris marcas de queimadura que ele diz ser fruto desse contato.
Sua mente retorna a cena por várias e varias vezes, esta preso nesse cenário e provavelmente não irá sair.
Toma medicamentos fortes e tem de ser contido a noite, pois ataques de pânico no escuro e tenta desesperadamente fugir.
Trecho do diário do doutor em psiquiatria Abdul Alzahred
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