terça-feira, 7 de outubro de 2014

O mal libertado

Aqueles foram dias turbulentos por todos os lados estouraram guerras, parecia que os seres humanos tinham sido transformados em criaturas de puro ódio e era isso mesmo que havia acontecido...
O arqueólogo John Smither, sem ter a intenção trouxe a todo nós o fim do mundo. Ele descobriu o mapa para um antigo templo, analisando um antigo pergaminho encontrado próximo a Tel Aviv, em uma escavação para construir um abrigo de defesa.
O pergaminho era um relato de um sacerdote, mostrando o lugar onde tinha sido selado um antigo e poderoso demônio, um ser que segundo os relatos era capaz de tornar todos os homens e mulheres em bestas furiosas, capazes de matar sem pensamento ou compaixão.
Ele foi mordido pelo bicho da curiosidade e mesmo sabendo dos riscos foi até uma região próxima ao Sudão atual, onde segundo o mapa estaria selada a criatura, o lugar era arriscado demais, diversos grupos terroristas jyhadistas agiam na região, mas ele não se importava com os riscos e conseguiu chegar até o lugar depois de pagar vários subornos e conseguir se esconder das patrulhas na floresta.
O templo ficava próximo a um monte que era sagrado para uma tribo de comedores de gente, mas mesmo assim ele iria, para poder tocar naquele achado que poderia mudar o mundo todo e lhe trazer fama e fortuna ele topava qualquer risco, mas não  era burro e sabia que não tinha chance contra os nativos, no entanto preparou uma mistura venenosa em larga escala e jogou na única fonte de água que aquela tribo tinha, e saiu de perto se escondendo no meio das altas árvores, no outro dia os gritos de todos eram tremendos, o veneno causava diarréia fortíssima e muitos daqueles homens estavam vendo as próprias tripas sair no meio das fezes, logo iriam morrer, mas para aquele homem nada daquilo importava, ele evitava os caídos enquanto pegava a trilha rumo a montanha sagrada, subia com certa dificuldade mas com riso no rosto pelo que havia feito aos nativos, enfim chegou no topo e lá dentro da rocha, escavado pela natureza tinha um templo de proporções gigantescas com diversas salas de adoração, pelos rastros humanos deixados percebeu que os sacerdotes nunca iam além da entrada, deixando oferendas e saindo rapidamente dali.
Mas ele não era igual aqueles atrasados, que viviam quase nas cavernas, com um equipamento no braço fez uma pequena prospecção no solo e percebeu que o seu objetivo estava lá embaixo, a vários metros do ponto onde se encontrava, foi seguindo desviando de armadilhas antigas e encontrou a ponta da escada, no entanto previu que aquela iria levar ele para um abismo e num pulo se grudou a parede por meio de magnetismo, que permitiu ele andar na parede até o fim.
Lá embaixo ele chegou a sala principal, onde diversos tesouros estavam guardados, no entanto nenhum era mais brilhante que o baú onde estava o selo daquele pergaminho, ele deixou tudo de lado por aquilo e rapidamente com uma pistola de ácido usada para abrir cadeados, ele soltou a tranca e lá dentro ele viu uma pedra brilhando uma luz vermelha que o deixou hipnotizado e assim ele tocou a rocha com as mãos e naquele mesmo instante ela foi quebrando enquanto seu corpo era consumido, até que por fim um dos cavaleiros do apocalipse estava livre novamente:  O primeiro dos arautos da morte estava novamente livre, o cavaleiro da morte, rapidamente invocou seu cavalo e atravessou o mundo a procura de guerras, mesmo nos lugares onde elas não existem.
Se alimentando do ódio, do preconceito e da ganância humanas ele buscava se reunir novamente com seus aliados para juntos abrirem o portal para o submundo que traria novamente o inferno para Terra.
E quando isso ocorresse o mundo igual nós conhecemos já não seria mais o mesmo e a última hora para a humanidade estaria próxima de começar.

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